O Botafogo está vivendo um momento especial, com um time forte, uma torcida apaixonada e a expectativa de grandes conquistas.

O Botafogo está vivendo um momento mágico! A equipe carioca lidera o Campeonato Brasileiro e avançou para as quartas de final da Libertadores. Mas afinal, o que os especialistas estão dizendo sobre o Glorioso? Neste artigo, vamos mergulhar nas opiniões de diversos comentaristas esportivos sobre o momento do Fogão, suas chances nos próximos jogos e os desafios que a equipe pode enfrentar.

O Clássico contra o Fluminense

O clássico contra o Fluminense promete ser eletrizante! A maioria dos comentaristas acredita que o Botafogo não poupará esforços para sair de campo com a vitória, mesmo com o importante jogo contra o São Paulo pela Libertadores na semana seguinte.

"Fernando Campos e André Donke, da ESPN, acreditam que o Botafogo não vai poupar energias no clássico, em mais uma defesa de sua liderança no Campeonato Brasileiro."

  • Fernando Campos: "O Botafogo é o líder do Brasileiro, não pode abdicar desse jogo, o Palmeiras está na cola e pega o Vasco em Brasília. Pode poupar uma ou outra peça, tem a questão da saúde, ver quem está mais desgastado, mas vai ser um time próximo do ideal para enfrentar o Fluminense porque não pode abdicar do Brasileiro, ainda mais depois do que aconteceu no ano passado. Ele tem que ir forte nas duas frentes para tentar uma taça. É isso que o Textor quer e é isso que o projeto pede. E é isso que esse time é capaz de fazer".
  • Donke: "Eu não consigo falar que o jogo contra o Fluminense é menos importante. Não dá. Se o jogador está com 50% de chance de lesão você não vai colocar, porque aí também pode se punir ao longo da temporada. É mais de gestão do cansaço. Mas pensar em estratégia? A estratégia é brigar pelas duas. Eu não consigo estabelecer uma prioridade. E também pelo elenco que montou, acho que tem esse dever. Vem de uma janela de três caras que podem terminar a temporada como titulares da defesa, com Alex Telles, Vitinho e Adryelson. É um elenco montado para justamente isso".

O Desafio do Botafogo de Manter o Ritmo

O Botafogo tem demonstrado um futebol consistente e ofensivo, mas alguns especialistas veem pontos que podem ser aprimorados. Paulo Nunes, por exemplo, destacou a necessidade de Luiz Henrique buscar mais o jogo por dentro.

"Paulo Nunes cita ponto a melhorar em Luiz Henrique, do Botafogo: ‘Está driblando muito para trás, pode ir mais para dentro’."

O Luiz Henrique tem mais valências, é muito forte, alto, mas está driblando muito para trás. E a diferença para o Estêvão é essa, toda bola que ele pega ele vai com objetivo ao gol, vai direto para o gol. Se o Luiz Henrique colocar na cabeça dele de que pode ir mais para dentro, em vez de trazer sempre para dentro, de fazer um drible para trás, um drible a mais, acho que ele vai melhorar muito. O Botafogo é o time que mais joga futebol bonito, objetivo. É um time que tem, além da transição, da velocidade, também sabe jogar dentro do campo do adversário, com aproximação, trabalho de bola, troca de passes, circular de um lado para o outro… Eu achei absurdo o que o Botafogo correu no primeiro tempo, mas fiquei pensando se iria aguentar no segundo… O Botafogo fez um jogo que me chamou muita atenção. Normalmente um time assim aguenta até os 30 minutos do primeiro tempo, o Botafogo aguentou o primeiro tempo inteiro. Não tem como, você abaixa a guarda, e a questão física é um ponto a ser analisado. O Botafogo está levando o Brasileiro e a Libertadores do mesmo jeito, eu gosto disso, mas num momento vai sentir, a conta chega. No segundo tempo, a parte física não deixou o Botafogo repetir o primeiro tempo.

A Diferença para o São Paulo

O confronto com o São Paulo na Libertadores foi marcado pela superioridade do Botafogo, que, segundo Arnaldo Ribeiro, jogou como um "cavalo puro sangue". No entanto, o comentarista alerta para a importância da parte física na disputa por uma vaga nas semifinais.

"Arnaldo Ribeiro destaca diferença entre São Paulo e Botafogo após primeiro duelo na Libertadores: ‘Foi um massacre. Bola não entrou até agora não sei como’."

Foi um massacre o que aconteceu. Reflete um pouco a diferença entre os times, a diferença de investimento, do nível dos times. A estratégia do São Paulo para diminuir essa diferença não deu certo. A bola não entrou até agora não sei como. No segundo tempo, aconteceram duas coisas. Uma coisa que a gente já vem observando no Botafogo, mesmo no jogo com o Corinthians e nos confrontos com o Palmeiras, é que a vitalidade e a qualidade é tal que, a partir do momento em que o Botafogo não define o jogo completamente, humanamente é impossível manter tanto vigor e tanto volume de jogo. A partir dos 20 minutos, inclusive os jogadores do Botafogo, os principais, que parecem aqueles cavalos puro sangue, são substituídos. Luiz Henrique, Igor Jesus… E aí tem uma possibilidade para o adversário... Arrisco a dizer que, fora o Rafael e o John, que são mais ou menos do mesmo nível, mas o John não está também já no ocaso da carreira como o Rafael, e os zagueiros do São Paulo, que são bons como os do Botafogo, os demais jogadores do Botafogo todos seriam titulares do São Paulo. Todos. Laterais, volantes, meias e atacantes. Para você ter uma ideia do desnível dos times hoje em dia.

As Polêmicas em Torno de John Textor

O dono do Botafogo, John Textor, tem sido alvo de críticas por parte da imprensa. Alicia Klein, do UOL, questionou a postura do empresário em relação ao fair play financeiro e à comemoração antecipada de títulos.

"Comentarista critica John Textor por ‘volta olímpica antes de jogo’ e falas sobre fair play financeiro: ‘Quer protagonismo para si’ (!?)"

Tem gente na Europa que talvez discorde que ele seja o grande paladino do fair play financeiro. Não me parece ser o caso. O Textor agora escolhe seu rival da vez, mas mais uma vez ignorando o que ele faz aqui não só no Brasil, mas também nos seus outros clubes. O Textor certamente não é o grande nome do fair play financeiro no mundo e quer trazer um protagonismo para si que não cabe. Aquela coisa de dar volta olímpica antes do jogo antes do começo da partida é uma coisa desnecessária. Ele precisa de um pouco mais de humildade e se apegar um pouco mais aos fatos quando ele fala em fair play financeiro.

O comentarista Rodrigo Mattos também criticou as declarações de John Textor:

No dia 4 de setembro, ele critica o fair play financeiro da Premier League ao dizer “não importa se você tem um bilhão de dinheiro em um carrinho de mão, você não tem o direito de gastá-lo, isso não é normal”. Então, não sei, primeiro ele precisa decidir se ele é a favor do fair play financeiro ou não é, porque cada dia ele dá uma declaração diferente. Então, esse é o primeiro ponto. Segundo, quando ele fala assim, “ah, mas os meus salários estão adaptados ao fair play”. A gente já falou aqui que não é só salário. As regras na Europa são também relacionadas a investimentos de contratação de jogador. Então, ele não estaria adaptado. O que ele quer é um fair play que seja bom só para ele, que é uma regra particular que funcione para o Botafogo, que você possa investir muito em contratação, mas tenha limite de salário. Essa é a regra. Então, tem que entender primeiro se ele é a favor ou contra do fair play e que tipo de regra ele propõe, porque ele não estaria adaptado, o Botafogo não estaria adaptado a nenhuma das regras de fair play que são usualmente utilizadas na Europa. Em todas as ligas, na Uefa e tal, não estaria adaptado, assim como o Lyon está tendo problemas lá na França também. Então, aparentemente o fair play que ele quer é um que você possa investir muito em contratação, mas tenha um controle de salário, que é o ideal para ele. Então, criar uma regra só para si mesmo, não sei se faz muito sentido. O que a gente tem que ter, nos clubes brasileiros, começou essa discussão muito embrionária, já deveria estar lá na frente, que é você, e a CBF deveria estar mais ativa nessa discussão, ter uma regra parecida com o que acontece lá fora, a limitação de gastos de acordo com a receita que tem o clube. Você poderia ter, talvez, uma flexibilidade para quando o cara acaba de chegar no clube, para lhe tirar do buraco, ajudar a pagar dívidas, nesse sentido, mas você teria uma limitação dentro das receitas. É isso, é como funciona mundialmente, não é inventar mágica de nenhum lugar.

A Onda de Otimismo

A torcida do Botafogo vive um momento de euforia e confiança. Hélio de la Peña, comentarista e botafoguense, destaca a sensação de segurança que o time passa para os seus torcedores.

"Hélio de la Peña: ‘Botafogo dá sensação de segurança para o torcedor. Vamos confiantes no segundo jogo contra o São Paulo’."

Há muito tempo o Botafogo não dá uma sensação de segurança para o torcedor. É algo novo, em uma taça em que a gente está de novato, porque a última vez que chegou às quartas foi em 2017 – e antes, fazia séculos. Essa situação é nova para o Botafogo e para os outros torcedores de outros times. O Botafogo é um novo player no cenário do futebol brasileiro. O primeiro tempo foi um massacre; o Botafogo teve um zilhão de chances. E assim, eu posso te falar da sensação que a gente teve. Primeiro durante o primeiro tempo, porque foi de fato um massacre do Botafogo, a gente teve zilhões de oportunidades, eu não vi o São Paulo, o nosso John podia dormir ali debaixo da trave porque nada chegou a ele, foi completamente dominador o Botafogo no primeiro tempo. E uma coisa até que irritava um pouco a gente, que era a cera que, sobretudo, o Rafael fazia. Inclusive, em função disso, eu trouxe até um cotonetezinho para ir removendo um pouco da cera, que foi demais, foi demais, entendeu? E eu acho que, de certa forma, o juiz foi conivente com essa cera, porque ele não deu o desconto suficiente. Foi demais, foi demais. Agora, o negócio é o seguinte, eu já tinha vivido isso no jogo contra o Corinthians, quer dizer, quando você faz, você está ali, e bola na trave, e quase faz, e não sei o quê, e você não realiza a sua vantagem, isso, obviamente, vai afetar o desempenho no segundo tempo, até porque o time começa a ficar nervoso, começa a ficar afobado, querendo colocar no placar a vantagem que estava acontecendo durante o jogo. No primeiro tempo, o São Paulo não segurou o Botafogo, quem segurou foi o azar, a falta de pontaria, qualquer coisa, menos o São Paulo. Então, a sensação que a gente teve foi de frustração, claro, porque o jogo, a gente tinha tudo para ganhar aquele jogo, mas a gente não voltou para casa assim desanimado e achando que não vai dar, pelo contrário. Pelo futebol apresentado pelo Botafogo, o futebol apresentado pelo São Paulo, a gente vai confiante no segundo jogo. Bom, temos o estádio, tem a camisa, tem a tradição do São Paulo na Libertadores, mas a verdade é que hoje a gente tem que considerar o seguinte, o Botafogo de 2024 é uma novidade, não é o Botafogo de 2023 e nem dos anos anteriores, é um outro time, é uma outra SAF, um outro poder de compra, enfim, é uma outra coisa, sabe? Eu acho que as pessoas estão muito analisando, eu vejo até um certo otimismo, eu vejo apenas os comentários que me chegam da galera, dos tricolores que chegam para mim, e eu vejo que são comentários que estão vendo um jogo olhando para o retrovisor, porque se ele olhar para o campo, vai ficar meio assustado.

Acompanhe de perto a trajetória do Botafogo e descubra se o time conseguirá manter o ritmo e conquistar os títulos que a torcida tanto almeja.

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