Treinador português promete um Botafogo ofensivo e um trabalho de longo prazo, sem abrir mão da relação próxima com os jogadores.

A espera acabou! O Botafogo tem um novo técnico para a temporada de 2025: Renato Paiva. Apresentado oficialmente no Estádio Nilton Santos, o treinador português chegou com grandes expectativas e uma visão clara para o futuro do time. A cerimônia contou com a presença de John Textor, acionista da SAF do clube, e a promessa de um trabalho focado no futebol coletivo e ofensivo. Neste artigo, vamos explorar os detalhes dessa apresentação e as expectativas que Renato Paiva tem para o Botafogo, além de tudo o que foi destacado por ele e por John Textor.

Renato Paiva: O Novo Técnico do Botafogo

Na tarde de sexta-feira (28/02), o Glorioso apresentou Renato Paiva como o novo comandante do clube. O técnico, que tem passagens por outros times no Brasil e no exterior, não escondeu a felicidade ao ser escolhido para assumir o cargo. Ele ressaltou que sentia uma "enorme satisfação" em estar comandando um dos maiores clubes do futebol mundial, como é o caso do Botafogo.

É com enorme orgulho, enorme satisfação, que chego a este gigante do futebol mundial, do futebol brasileiro. Claramente, o objetivo de qualquer treinador é treinar um clube da dimensão do Botafogo, com sua história e seu presente. Quando surgiu a oportunidade, nem pestanejei, fiz tudo que estava ao meu alcance para chegar a esta cadeira. Chego atrás do trabalho desenvolvido em 23 anos como treinador, sendo 18 na base do Benfica. Estar 18 anos em um clube desses não é fácil, manter-se é o mais difícil. Depois fui para o exterior, com título histórico no Independiente Del Valle, passagem não tão boa pelo León e passagem pelo Bahia, na qual olhando pelo contexto e pela realidade, não foi tão má. Teve um título estadual que não se ganhava há três anos, com elenco com 25 jogadores novos, sem tempo para treinar, e depois campanha na Copa do Brasil onde igualamos o melhor registro da história do clube e só saímos na semifinal nos pênaltis. E depois minha entrada no Toluca, que considero o melhor trabalho que desenvolvi no profissional, em termos não só de qualidade de jogo, como de números. Coincide muito a ideia, a forma como vejo o futebol, o jogo, que se encaixa na história do Botafogo, que é ganhar não só por ganhar, há uma forma que o torcedor exige e vamos respeitar. Vamos tentar ganhar com essa forma de jogar, Botafogo Way, como o John diz. Foi através desse percurso que me viram como pessoal ideal para chegar ao Botafogo e aqui estou.

Durante a sua apresentação, Renato se mostrou bastante otimista e destacou a importância do momento para sua carreira. Ele contou que acredita em coincidências e sinais, o que fez com que sua chegada ao Botafogo fosse, para ele, algo muito especial. Para Paiva, o fato de estar disponível no mercado e morando no Rio de Janeiro foi uma grande coincidência que, segundo ele, ajudou para que essa oportunidade surgisse no momento certo.

É um processo que é um bocadinho mais largo do que parece. O nome esteve em cima da mesa, como estiveram outros. Eu vou utilizar uma palavra que é muito querida para a nossa torcida. Houve muitos nomes, falou-se com muita gente, o escolhido foi eu. O escolhido, como é a torcida, como a torcida escolhida. É quase um termo, é um termo bíblico. E é um termo forte e bonito. A torcida sendo escolhida por ser Botafogo, e no meio de tantos nomes eu senti-me o escolhido, o chosen one, como dizia o John (Textor). E ser o escolhido no meio de tantos nomes, uns com mais carreira, outros com menos, uns mais vitoriosos, outros menos, ser o chosen one deixou-me, de fato, muito orgulhoso nesta questão de ser o último a ser, não sei quantas, escolhido. Não vejo as coisas assim. Vejo o tempo de Deus assim, o escolhido fui eu e o escolhido para fazer a torcida do Botafogo, os escolhidos, mais felizes e continuarmos no caminho das vitórias. E, portanto, o nome esteve no timing que os dirigentes chamaram para uma reunião e volto a estar muito orgulhoso pelas palavras do John. No meio destes nomes todos, dizer que eu fui o mais preparado de todos, isso deixa-me obviamente muito orgulhoso. Consciente da responsabilidade, mas com uma vontade para mim de começar a trabalhar, de conhecer os meus jogadores, porque eu, num clube de futebol, numa equipe de futebol são os mais importantes, num clube é a torcida, mas numa equipe são os jogadores. E muito ansioso para começar a trabalhar.

Eu acredito muito em sinais. Toda a minha vida, desde que eu comecei a treinar, a minha história como treinador nasce por um sinal, e eu acredito muito em sinais desde aí. E quando, de forma até surpreendente, nós não renovamos o contrato com o Toluca, e digo surpreendente pelos números, pela reação da torcida lá e pela reação dos torcedores, eu senti que algo de grande estava por acontecer, sinceramente. Porque o nosso trabalho foi de fato muito bom, volto a dizer, foi o melhor trabalho que nós fizemos. Foi este no Toluca, mais completo, onde faltou só o título, mas quem ganha é o América. Sentimos esse peso da injustiça e eu senti que algo de grande estava a acontecer. E, por questões pessoais, vivo no Rio, sim, a relativamente pouco tempo que vivo, e acabou por acontecer tudo isto, esta conjugação de situações, o Botafogo sem treinador, o meu nome a estar cogitado, e tive sempre a esperança de que acabaria por ser chamado para falar com as pessoas aqui. E acabou por acontecer tudo por sinais. E eu valorizo muito estes sinais, eu acho que estes sinais vão-nos também ajudar a dar a época e os títulos e os êxitos que a torcida quer. Portanto, preparado para dar resposta a estes sinais, é, de fato, uma grandíssima oportunidade. Perguntavas-me o que é que representa para a minha carreira neste momento, treinar um clube desta grandeza, ainda mais num momento tão vitorioso. Como eu digo, para um treinador é um objetivo, não é um sonho, é um objetivo. Portanto, é um passo enorme e a torcida, que eu sei, porque nem Guardiola nem Mourinho são unânimes, portanto, muito menos iria ser eu, sei que há torcedores que gostam do nome, sei que há torcedores que não gostam. Para os torcedores que gostam do nome, eu agradeço a confiança e preparado para dar essa resposta, para os torcedores que não gostam, eu vou convencer os torcedores que não gostam a gostar. A equipe vai convencer os torcedores que não gostam do nome ou que estão desconfiados com o nome. Nós vamos dentro do campo convencê-los e isso só se faz com resultados e coisas de sonho.

Eu acredito muito quando chega uma estrutura deste nível tão profissional, e, olhando para trás, eu acredito que o treinador obviamente é uma palavra importante, mas quando o scout é tão bom, é tão organizado, é tão efetivo, o treinador tem que ser uma pessoa feliz, tem que chegar e dizer aqui está um trabalho fantástico e eu só quero agregar”. Portanto, isto é um elenco que não se faz de um dia para o outro, é um elenco que tem muito trabalho de muita gente, e é isso que eu quero e é isso que eu gosto, trabalho de muita gente, muita gente sentir-se importante. E não, eu de fato olhei para o elenco, não fiz pedidos, não fiz exigências, deixo muito essa área para quem dirige o clube. Aquilo que eu obviamente posso dizer é que não gosto das características deste jogador, não são aquelas características que eu entendo para a minha forma de jogar, porque eu tento contratar em função da minha forma de jogar. Eu não posso contratar um lateral que não seja ofensivo quando a minha ideia é de um lateral ofensivo. Portanto, isso também discute-se logo no projeto, se o projeto fosse de laterais não ofensivos, se eu estou a dar um exemplo, eu se calhar pensaria duas vezes nesses projetos, os quais eu recusei, não me enchia ou aquilo que era a minha forma de trabalhar e que eu sempre tentei acreditar naquilo que é a essência do jogo. Portanto, não fiz pedido, estou muito satisfeito com o elenco. Quando eu digo que nós nunca estamos satisfeitos, porque se amanhã chegasse um supercraque eu não queria dizer que não, como é óbvio, mas muito satisfeito com o que temos. É um plantel com soluções, equilibrado, e como o John (Textor) disse, está sempre muito atento àquilo que são oportunidades de negócio e em um estado de trabalho extraordinariamente bom.

Estilo de Jogo de Renato Paiva

A primeira grande promessa de Renato Paiva para o Botafogo foi a implementação de um estilo de jogo ofensivo. O técnico português afirmou que o time terá um futebol coletivo forte, com muita intensidade e foco no ataque. Além disso, ele ressaltou que pretende manter uma relação muito próxima com os jogadores, acreditando que essa proximidade é fundamental para o sucesso dentro de campo.

Descrever-me como treinador é quase olhar para as minhas equipes a jogar. É proposta de jogo ofensivo, manter a bola o maior número de tempo possível e quando a perdemos recuperá-la o mais rápido possível. Uma equipe que não é reativa, uma equipe que vai à procura, uma equipe que vai buscar o gol adversário. Aliás, os números, por exemplo, agora no México, em dois torneios, fomos duas vezes o melhor ataque do campeonato e considerados unanimemente as equipes que melhor jogavam futebol no México. E é um bocadinho isto, fundamentado essencialmente no desenvolvimento individual dos jogadores. É algo que eu acredito muito, trago da base do Benfica, onde eu acredito que o desenvolvimento do indivíduo por si só, depois quando todos conectados haverá um coletivo muito mais forte. Então eu invisto muito tempo nisso com os jogadores. Temos uma relação muito próxima com os jogadores. Por onde passamos e por onde saímos, eu digo sempre, às vezes digo, perguntem aos jogadores, porque eles são os que melhor avaliam os treinadores. Perguntem por onde passamos. Eles falarão sobre o nosso trabalho. E acima de tudo muito consciente daquilo que a torcida do Botafogo quer, em termos de qualidade de jogo, aquilo que a torcida quer em termos de conquistar títulos. E sentir que, de fato, este DNA, a forma como eu vejo um jogo, que assenta muito no jogo posicional, a forma como nós desenvolvemos esta forma de jogar, passo a passo a redundância, é algo que vai agradar bastante aos jogadores do Botafogo.

Renato Paiva se disse alinhado com a filosofia de John Textor, proprietário do clube, que visa um futebol moderno e dinâmico. O treinador afirmou que estará disponível para trabalhar com o elenco durante o tempo necessário, com o objetivo de preparar a equipe da melhor maneira possível para os desafios da temporada.

Por ter este mês de trabalho, sou um sortudo, tenho muita sorte, porque no Brasil não é fácil. Foi ruim porque estamos fora de uma competição, mas o treinador não lha para os problemas, encontra soluções. A solução é um mês para juntar a equipe, base campeão, elenco extraordinário em nível técnico e em querer, ambição, mostrou em momentos de muita exigência conquistando títulos de forma histórica, como a Libertadores. É uma conquista ao alcance apenas dos grande grupos. A base dos jogadores e do trabalho é boa, é só dar um toque do nosso modelo de jogar. Tenho certeza que os torcedores vão ficar muito orgulhosos do Botafogo e de como os jogadores vão os representar.

A Comissão Técnica de Renato Paiva

Renato Paiva não estará sozinho nesse novo desafio. Ele levará quatro profissionais para sua comissão técnica. Entre os nomes confirmados, destacam-se Ricardo Dionísio, ex-auxiliar no Bahia, e Miguel Teixeira, que estava no Bodrumspor, da Turquia, com o treinador José Morais. Além deles, dois profissionais que estavam com Paiva no Toluca, do México, também farão parte da nova comissão técnica: o preparador de goleiros Rui Tavares e o preparador físico Daniel Castro.

Esses profissionais vão somar ao trabalho de Renato Paiva, formando uma equipe com experiência e conhecimento, para dar o suporte necessário aos jogadores do Botafogo.

A Visão de John Textor

John Textor, acionista da SAF do Botafogo, também fez questão de destacar a importância de Renato Paiva para o clube. Em um discurso que durou quase 20 minutos, Textor afirmou que Paiva se mostrou o técnico mais preparado para assumir o comando da equipe. O empresário elogiou o trabalho do novo treinador com jovens jogadores, o que é uma das características que o Botafogo busca para seu elenco.

Gosto de ter meu tempo para fazer uma mudança de treinador. Foi um grande luxo que a saída do nosso último treinador tenha acontecido no final de uma temporada. Creio que fui bem claro sobre como vejo o calendário e, embora compreensivelmente muitos torcedores quisessem que uma decisão acontecesse muito rápido, e não sou surdo às preocupações dos torcedores, eu realmente queria usar esse tempo de entressafra para tomar a decisão certa.

Só para dar uma ideia do processo antes de começar a falar sobre o treinador especificamente… Aproveitei esse tempo para não apenas entrevistar, mas realmente ter conversas com vários treinadores. Gostaria de manter essas discussões bem próximas entre mim e os treinadores. Isso levou a rumores e especulações sobre quem estava recebendo uma proposta, se tínhamos feito ou não uma proposta, se fomos rejeitados ou não por um treinador em particular, e em grande parte a maioria esses rumores não eram realmente precisos sobre o processo pelo qual eu estava passando.

Gosto desse tipo de conversa com treinadores há vários anos, e elas realmente são conversas. Quando tive a chance de me encontrar com um coach em 2021, foi um café da manhã com Paulo Fonseca. Aqui estamos em 2025, e eu o considerei a pessoa perfeita para uma das vagas de emprego dentro da nossa organização.

Essas conversas às vezes são só para conhecer uma pessoa, às vezes são para ser bem específicas, para fazer uma proposta. Fizemos uma proposta para André Jardine no começo do ano, porque eu achava que ele era especialmente adequado para nossa aproximação. Mas também tivemos muitas outras conversas com grandes homens, grandes treinadores, que eram principalmente sobre seus planos de vida e se eles se alinhavam ou não com nossos objetivos como clube.

Houve muitas oportunidades para fazermos uma contratação, um bom homem, um bom treinador, colocá-lo no vestiário, deixar todo mundo feliz, acalmar a base de torcedores. Mas esta pausa na temporada foi uma chance para realmente tentarmos encontrar alinhamento entre como queremos jogar e como queremos fazer este clube crescer.

Acredito que conseguimos ter sucesso rapidamente como clube, porque os jogadores confiam que o Botafogo representa um caminho fantástico para as carreiras desses jogadores. Somos o primeiro clube que começou a mostrar evidências reais de mudança no fluxo de jogadores, na direção dos jogadores, na migração de jogadores pelo Botafogo para a Europa, onde muitos deles sonham em ir. Atletas recentes que passaram pelo nosso clube e nos ajudaram a ganhar um campeonato, eles receberam a promessa de que se ajudasssem a ganhar no Brasil, nós os ajudaríamos na sua trajetória.

Como isso se relaciona com o treinamento? Para ser confiável aos jovens, você precisa ter confiança nos jovens. Certos treinadores olham para nosso elenco, a maioria dos treinadores, como eles estão em uma das profissões mais inseguras do mundo, eles próprios se tornam muito inseguros. Então, treinar para evitar o fracasso se torna mais óbvio em certos treinadores do que treinar para o sucesso, e é por isso que muitas vezes você verá treinadores favorecendo o jogador mais veterano, ele pode ser mais lento, pode ter passado do seu tempo, mas talvez ele seja um guerreiro, talvez ele leia bem o jogo. Essas são coisas que os treinadores dizem a si mesmos e aos donos sobre o motivo pelo qual justificam colocar um jogador mais velho em campo em vez de um jogador mais jovem em desenvolvimento.

A realidade da economia do futebol brasileiro, a realidade do atleta brasileiro, criou essa migração de jogadores do Brasil e da América do Sul para a Europa, e isso aconteceu aqui antes de eu chegar aqui.

É importante ter um treinador que não só atenda ao modelo de negócios do nosso clube, ao modelo esportivo do nosso clube, mas também seja apropriado para o país, o continente. Esse conceito de confiança e juventude é na verdade uma métrica que é medida. Não é apenas observada, é medida. Quando olhamos para diferentes treinadores, veremos a confiança nos jovens com base em uma porcentagem de jogadores jovens que um treinador implanta em um elenco normal. E pode ser 16% para um treinador que tem uma confiança média nos jovens, ou pode ser 25% para um treinador que tem um nível extremamente alto de confiança nos jovens. Então, se vamos construir um campeão sustentável no Botafogo, temos que atingir esse equilíbrio.

Então, conforme os jogadores vêm e vão, nós realmente queremos construir um time que não sobe e desce como uma montanha-russa, mas um competidor de alto nível e sustentável. Renato demonstrou sua confiança nos jovens ao permanecer, por sua própria escolha, na base do Benfica por mais de 15 anos. Ele teve muitas oportunidades de se tornar um treinador profissional e escolheu construir sua carreira desenvolvendo jovens jogadores.

Ele aprendeu com uma grande organização e uma grande academia e ajudou a construir e a evoluir uma grande organização e uma grande base. Seu trabalho e a confiança que o Grupo City depositou nele quando assumiram o Bahia… A imprensa, os torcedores dirão que ele não funcionou, mas eu não olho para os resultados, olho para o trabalho. Nós gostamos do trabalho dele no Bahia.

Há muitas partes das organizações, o treinador é apenas uma parte delas, mas sua experiência do Equador, México e no Brasil, originário de Portugal, por muitos anos na base, ele realmente se alinhou com esse estilo de jogo que queremos: inteligente, técnico e rápido. Agora, se ele atingirá esse ideal aqui vai depender do trabalho dele. Vai depender do meu trabalho em apoio a ele. Vai depender do departamento de futebol. Não é só uma pessoa, mas para aspirar o Botafogo Way, todos nós temos que estar alinhados uns com os outros e todos nós temos que trabalhar para esse ideal de inteligente, técnico e rápido.

Essas são as razões, e peço desculpas por me estender tanto, tomei essa decisão no meu tempo, e finalmente decidi sobre muitos nomes, homens muito bons, grandes treinadores, e essa é a pessoa que eu acho que está mais alinhada com o que estamos tentando fazer. Foram muitas conversas ótimas com muitas pessoas fantásticas, mas Renato era o mais preparado para essas discussões. Ele sabia mais sobre nossos atletas do que eu. Não sou um cara do futebol, mas conheço nossos atletas. Ele tem um plano para cada um dos nossos atletas, e ele veio para o processo de entrevista com isso. Ele tem um plano para eles individualmente para ajudá-los, e também dentro de um coletivo. E eu acho que essa foi provavelmente a parte mais impressionante da entrevista.

Além disso, Textor também se mostrou satisfeito com o elenco que o Botafogo montou até agora. Com algumas saídas e contratações importantes, o clube está pronto para disputar as competições de 2025, com o Campeonato Brasileiro sendo a grande prioridade.

Se estou feliz com o time? Acredito que o time que temos agora é mais forte do que o time que tínhamos em fevereiro de 2024. Você tem que lembrar que o time de 2024 foi construído em duas janelas de transferência, onde adicionamos força significativa às lacunas que tínhamos durante o verão [inverno no Brasil] de 2024. Então, acho que estamos bem à frente dessa projeção. Nesse sentido, estou feliz. Fiquei muito feliz com Artur ontem à noite, o esforço do Matheus Martins, que nem sempre foi bem sucedido, o Jeffinho jogando, não o víamos há algum tempo, ele parece renovado… Estou muito feliz com o que temos. E temos algumas surpresas positivas, o jovem Nathan [Fernandes]… Mas você tem que ter duas escalações iniciais para ir a 75 jogos. Então, eu nunca estou feliz, porque temos que ter mais jogadores do que temos até mesmo na Premier League. Jogamos 38 jogos no Crystal Palace, aqui são 75. É uma loucura, mas temos que nos preparar para isso.

Os Desafios de 2025

O Botafogo começa 2025 com o objetivo de defender o título do Campeonato Brasileiro, conquistado em 2024. Para isso, Renato Paiva sabe que terá muito trabalho pela frente. O primeiro grande desafio será a estreia contra o Palmeiras, no Allianz Parque, no dia 30 de março.

Apesar das expectativas, o Botafogo ainda enfrenta alguns desafios. A derrota para o Racing na Recopa Sul-Americana gerou protestos da torcida, que questionou o planejamento do time para a nova temporada. John Textor, em sua fala, afirmou que não concorda com o clima hostil e que a minoria que protesta não representa o verdadeiro espírito da torcida do Botafogo. Segundo ele, o clube está no caminho certo e a pressão externa não vai interferir nos objetivos do time.

Não estava ciente desses protestos. Não vi as faixas. Mas falaria com o pessoal de segurança e garantiria que não reprimiríamos fisicamente esses tipos de faixas e protestos. Diria que estou bem chocado com alguns dos protestos, porque eles se tornam altamente pessoais. Acho realmente patético que eu esteja recebendo mensagens de ódio agora. Acho que há uma porcentagem de todos nós na humanidade que fica emotiva, fica extrema. Mas isso não me afeta. Não me importo. Eu me importo com as pessoas. Acho que a mentalidade é um pouco maluca, fizemos coisas boas para este clube. Tenho confiança nisso.

Eu nunca iria querer suprimir essa reação. Mas… Isso acontece de duas maneiras. Quer dizer, se as pessoas não se sentissem tão chateadas, eu diria que é cômico. É decepcionante, é patético, fica algo pessoal. Ontem à noite, pessoas, mulheres, crianças, olhando para mim e fazendo sinais horríveis com as mãos…. Sei que a grande maioria dos torcedores apoia o que estamos fazendo neste projeto. Você nunca consegue atingir a perfeição em termos de apoio. E a minoria raivosa sempre será a minoria raivosa. Eu nunca pediria aos nossos seguranças para reprimir isso. Então, vou procurar saber sobre.

Se eu tivesse vindo aqui em 2021 e feito uma proposta para todos os torcedores, colocasse em um gráfico, e dissesse: vou investir neste clube e eu vou para o Rio, eu vou te dar em um ano o 11º lugar, e depois o 6º, e depois o 1º, depois o 6º, e depois o 2º, e depois o 1º lugar, depois 8º, depois 4º, depois 1º. Se eu chegasse até você e dissesse que vou entregar quatro campeonatos para o Botafogo ao longo de 15 anos, você teria dado tudo para me dar o seu clube. E aqui estamos. Vamos ganhar o título um ano, vamos perdê-lo no outro.

Ninguém tem o direito, todos têm o direito de ficar bravos, mas ninguém tem o direito racional de se comportar da maneira que estamos nos comportando em algumas dessas situações, de me enviar as cartas, a carta aberta da Torcida Jovem, que foi patética… Qualquer um na família Botafogo teria implorado para ter um ano de títulos, para estar entre Palmeiras, entre Flamengo… Estamos entregando isso, e vamos ignorar esse barulho. No sábado eles te amam e na terça eles te odeiam, vamos ignorar isso.

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