Técnico comenta fase do Botafogo e ressalta o belo jogo do time

O Botafogo de Luis Castro venceu o Palmeiras por 1 a 0 no Allianz Parque, pela 12ª rodada do Brasileirão. Com o resultado, o time abriu 7 pontos de distancia para o segundo colocado, que hoje é o Grêmio.

Em entrevista pós jogo, Luis Castro falou sobre o momento da equipe e deixou seu futuro no ar.

Luis Castro fala sobre o seu futuro e sobre analisa vitória

Veja abaixo as declarações de Luis Castro após a vitória heroica contra o Palmeiras, em São Paulo.

Contrato com Botafogo

Minha situação contratual é aquela que existe desde o primeiro dia que entrei no Botafogo. Quando vocês pediram para eu sair eu já tinha esse contrato com o Botafogo. 

Futuro no Botafogo

Eu sou muito pragmático na minha vida, vivo muito o hoje. A solidez da nossa família Botafogo não está só no Luis Castro. O Luis Castro é só uma peça dessa quebra-cabeça que todos os dias dá o melhor de si para a construção de um novo Botafogo. Não sei o que vai acontecer daqui para frente, sei que hoje ganhamos bem e é isso. Tudo que vai para além disso é o meu agente que domina.

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Legado Luis Castro

Aquilo que eu mais quero deixar quando partir do clube é uma mentalidade instalada, e olharem sempre para o Botafogo como uma instituição de respeito pelos resultados ao longo de sua história. Os jogadores têm sido fundamentais para isso, eles transmitem em campo tudo aquilo que a equipe técnica passa e todo o prestígio do clube. 

Mérito da vitória em São Paulo

O mérito dessa vitória? Vale três pontos, nunca uma vitória vale mais do que isso. Às vezes querem exaltar mais uma vitória, mas eu como treinador não sou capaz de fazer. Ah, ganhar do Palmeiras é difícil. Sim, é uma equipe bem orientada, determinada em jogo, tem muita qualidade... Estamos a falar do campeão, clube de grande dimensão, mas não é por isso que a vitória vai valer mais que três pontos. 

Abel Ferreira

O Abel é um treinador de grande qualidade e que está no mais alto nível há bastante tempo. Já tem várias conquistas, fruto do que é o seu caminho e sua dedicação ao trabalho. É um treinador muito exigente e com conhecimento muito grande do que é a essência do jogo. Trabalha sempre os detalhes, portanto é muito difícil jogar contra ele. Claro que nós gostamos sempre que nossos amigos tenham sucesso, mas jogar contra ele é um adversário, então é um amigo entre aspas. É assim que eu encaro os meus treinadores mais chegados, porque não tenho inimigos. Ele sabe que eu gosto muito dele, mas na hora do jogo não quero que ele ganhe (risos). 

Momento do time

Nós sabemos que a construção dessa mentalidade vencedora demanda tempo porque ela tem que ser transversal ao clube. Não pode ter o treinador e os jogadores e o entorno tem uma mentalidade miserável e de quem está sempre descofiado das coisas. A confiança e essa mentalidade demora muito a se instalar, felizmente ela vem sendo construída ao longo do tempo. Acho que ainda falta vários departamentos e pessoas ligadas aquilo que é hoje o Botafogo entenderem que é um caminho de sucesso em função do que é o prestígio e a história do clube. Vemos muita instabilidade no Brasil. Aquilo que eu mais quero deixar quando partir do clube é deixar uma mentalidade instalada, e olharem sempre para o Botafogo como uma instituição de respeito pelos resultados ao longo de sua história. Os jogadores têm sido fundamentais para isso, eles transmitem em campo tudo aquilo que a equipe técnica passa e todo o prestígio do clube. Portanto, parabéns a todos que estão na construção de uma instituição de grande prestígio. Jogo de hoje é mais um que vai fazer parte da história. Nos entregamos completamente debaixo de uma estratégia que estava bem definida, e os jogadores cumpriram à risca tudo que foi determinado. 

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Motivação

Nós bebemos muito da nossa motivação daquilo que é nosso trabalho diário. A cara da equipe é o trabalho e sua competência no trabalho. Aquilo que traduzem em campo é fruto da ambição diário.
O mérito dessa vitória? Vale três pontos, nunca uma vitória vale mais do que isso. Às vezes querem exaltar mais uma vitória, mas eu como treinador não sou capaz de fazer. Ah, ganhar do Palmeiras é difícil. Sim, é uma equipe bem orientada, determinada em jogo, tem muita qualidade... Estamos a falar do campeão, clube de grande dimensão, mas não é por isso que a vitória vai valer mais que três pontos. 

O que mudou dos 4x0 do ano passado pra hoje?

Mudou aquilo que vocês todos falam, que é a construção de uma equipe. Vocês querem muitas vezes construir a casa pelo telhado, isso não existe. Constroem-se a partir das suas fundações, de seus pilares. Quando eles estão bem sedimentados, aí começamos a construir. Algumas vezes vão dar em trabalhos interessantes. Não estou dizendo que é o caso do Botafogo deste ano. Não sabemos onde vai desaguar o trabalho, porque o campeonato tem 12 rodadas, não estamos na 36ª. Há muito caminho a percorrer. O que significa é que ano passado estávamos em um momento do Botafogo, e agora estamos em outro momento de outro Botafogo que já percorreu um caminho e teve tempo de consolidar algumas coisas que passamos. É um processo natural. 

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Cogitou pedir demissão em goleada?

Nunca passou pela minha cabeça pedir demissão nem aqui nem em qualquer outro clube. Porque trabalho sempre de forma dedicada desde os meus 17 anos, portanto não é em situações difíceis que vou colocar meu cargo à disposição de ninguém. Nunca fui despedido, no dia que sair de um clube é porque o clube me dispensou. Eu confio naquilo que faço, portanto nunca o farei. Infelizmente vocês muitas vezes deduzem das minhas palavras. No meu contrato está prevista a minha saída, quer o clube me mandar embora ou eu acionar uma cláusula, mas nunca porque estamos a fazer maus resultados.

Aprendendo com as derrotas

Vou respeitar vocês e responder a todos os questionamentos, mas vou lhes fazer um pedido: não falem mais em derrotas no momento em que ganhamos. Já é a segunda pergunta de derrota, derrota, derrota, em um momento de vitória. Eu também tenho que ter o direito a celebrar mesmo diante de vocês uma vitórias, mas vocês querem falar do 4 a 0 e das derrotas que a equipe teve. Vamos falar do jogo de hoje. Perdemos ano passado por quatro, devíamos ter perdido por cinco ou seis. Não existimos em campo, não fomos capazes de reagir ao que o Palmeiras fez. Ganhou bem, somou três pontos e nós zero. Este ano, abordamos o jogo de forma diferente, claramente. Sabemos que o Palmeiras na contratransição é fortíssimo, na bola parada também. Muitas vezes nos atraem para uma pressão que é para lançar nas costas. Sabíamos tudo isso, então tivemos que ajustar, baixamos mais o nosso bloco, equilibramos sempre com quatro ou cinco jogadores e saímos rápido para os contra-ataques. Controlamos a bola parada, tivemoschance de fazer 2 a 0 e matar o jogo. Fomos muito sólidos defensivamente, evitamos cruzamentos, quando não o adversário estava impedido. Foi um conjunto de situações que sabíamos que poderia acontecer, algumas controlamos, outras não, mas fomos uma equipe determinada na conquista dos três pontos. Mostramos que não viemos só para ver o jogo, viemos para jogar. 

Mental da equipe

Quando os jogadores têm qualidade, vontade de trabalhar, e quando tudo aquilo que eles traduzem em campo é fruto desse trabalho, tudo fica mais facilitado para atingirmos resultados. A mente deles é aberta às ideias do treinador, portanto a dimensão psicológica está como esteve sempre. Pensamento sempre que o dia de amanhã pode ser melhor do que hoje. 

O próximo jogo do Botafogo é contra o Magallanes, na próxima quinta-feira, às 21h, no Estádio Nilton Santos. Os ingressos seguem à venda.

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