Treinador não teme pressão durante má fase do Botafogo e foca na disputa da Taça Rio

O Botafogo empatou sem gols com a Portuguesa-RJ, neste sábado, no Luso-Brasileiro, pelo jogo de ida da semifinal da Taça Rio, torneio que reúne do quinto ao oitavo colocado da fase de classificação do Campeonato Carioca. A torcida saiu "full pistola" após mais uma atuação ruim do time, principalmente no primeiro tempo, o que jogou mais pressão ainda sobre o técnico Luís Castro.

O português Luis Castro disse que aceita as críticas pelo desempenho recente da equipe, que vem oscilando em campo, mas não teme a pressão que enfrenta. Aproveite e siga o Botafogo Hoje no Facebook, no Instagram e no Twitter e acompanhe as ultimas do Fogão.

Veja trechos da coletiva de Luis Castro

Em entrevista coletiva após o empate do Botafogo com a Portuguesa em 0 a 0, Luís Castro falou sobre os Campeonatos Estaduais na preparação das equipes e outros demais no que diz respeito da sua equipe nesta temporada. Veja abaixo.

Pressão no cargo

"Todos nós balançamos na vida. Você, no seu posto, se não trabalhar bem, pode sair. Até da própria vida. Isso não me preocupa. A única coisa que me preocupa é a forma séria como me entrego no trabalho. Fora isso, não tem registro. Tenho 50 anos no futebol. Tem coisas que se interessa a circular para alimentar a máquina. O futebol é uma indústria enorme, que não é só de jogadores e treinadores. O futebol felizmente é apreciado, muita gente fica entusiasmada, outras desiludidas. Eu me preocupo com a proposta que faço, de preparar bem o jogo. Tem jogadores que vão gostar do treinador. Outros que não gostam do treinador. Você gosta de todos do seu trabalho? Sim? É raro. Talvez não seja uma resposta verdadeira. Não há unanimidade no trabalho. Às vezes falam que um saiu com a cara mais fechada, chutou o copo. Mas quantas vezes não acontece isso na própria família? O que me interessa é o dia a dia e não tenho nada a apontar aos jogadores. Sabemos que ficamos aquém no Estadual e que tomamos um susto na Copa do Brasil. Vamos continuar no caminho para classificar o time para a Copa do Brasil na próxima temporada".

O que falta para o time de Luis Castro evoluir

"No segundo tempo estivemos muito mais perto do que queremos do que no primeiro tempo. Para as equipes atingirem esse equilíbrio precisam de resultados. Só os resultados que nos levam a essa paz e a essa produção mais contínua. Enquanto oscilarmos, vamos ser uma equipe que vai jogar bem e outras vezes jogar mal. Encontramos um equilíbrio maior contra o Brasiliense. O meio campo temos nos encontrando, com o retorno do Eduardo e do Lucas Fernandes. O Tchê Tchê está num nível bom, como Marlon (Freitas) e Gabriel (Pires). O Raí também tem dado boas respostas. Temos tidos alternância nos pontas, tem havido rotatividade. A defesa tem se mantido estável e o goleiro também".

Análise da partida

"Foi um primeiro tempo em que não estivemos num bom nível e um segundo em que tivemos o controle total do jogo, com uma bola no travessão e outra na trave. Além disso criamos outras três chances claras de gol e o adversário não criou nenhuma situação de perigo à nossa baliza. Faltou marcarmos o gol para ganharmos e para termos o resultado que seria o justo pelo que foi o jogo – explicou Castro. Já disse quando terminou a temporada passada e quando começou essa, não vou voltar a dizer. Hoje nos faltou eficácia. O jogo que a Portuguesa fez de quebra de ritmo já tinha sido feito na primeira vez que nos encontramos. Eles estão no direito, é uma estratégia".

Impacto dos Estaduais

"Todas as equipes estão passando por momentos de muita instabilidade nos Estaduais. Acho que é uma reflexão que precisa ser feita por todos, sobre de que forma o Estadual privilegia e tem em consideração a preparação das equipes para a temporada. Há quatro dimensões no rendimento: técnica, física, tática e psicológica. Uma dessas dimensões fica claramente desgastada para o início do Brasileirão, da Copa e, no nosso caso, da Copa Sul-Americana, que é a psicológica. Essa dimensão não é tão trabalhada de forma propositada no começo da temporada para os jogadores estarem bem frescos na hora das grandes decisões e grandes batalhas. De repente, temos grandes batalhas já no segundo jogo do Estadual, no quarto, no quinto, grandes instabilidades, todo mundo nessa instabilidade, e os treinadores e times precisam gerir essa toda essa dimensão mental em cada dia de trabalho. Quando eu cheguei, ouvia muita gente dizer que o Estadual não era tão importante para a temporada, mas quando olhamos para o lado estava tudo fervendo por causa do Carioca. E ainda não começamos o Brasileirão, a Sul-Americana, e vem aí as maiores batalhas da Copa do Brasil e uma das dimensões está completamente dilapidada por um conjunto de incidentes no que deveria ser uma pré-temporada, mas que não é porque já estamos em competição".

Danilo Barbosa

"Danilo saiu no intervalo por lesão. Ele tem tido alguns problemas a nível físico sempre que tem alguma continuidade. Esperamos que isso se resolva rapidamente para ele dar continuidade ao seu trabalho. A presença dele ali permite-nos soltar mais o Tchê Tchê em situações de alimentar um pouco mais o último terço e também de se aproximar das zonas de finalização".

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