Lamentações e Reflexões de um Profissional do Futebol Brasileiro

Ex-técnico interino do Botafogo, Lucio Flavio, em uma recente entrevista ao “UOL Esporte” transmitida no YouTube, expressou seus sentimentos após a demissão durante a reta final do Campeonato Brasileiro. Nessa conversa, ele destacou alguns fatores que influenciaram sua saída e analisou os desafios enfrentados pelo time, apontando para elementos externos e questões psicológicas como parte do cenário.

Ao ser questionado sobre a sua saída e as circunstâncias que a envolveram, Lucio Flavio trouxe à tona uma série de eventos que culminaram na sua dispensa. "O próprio PVC foi um dos primeiros a ter um contato com John Textor, que passa ao PVC que eu seria novamente recolocado como auxiliar do clube. Como bem colocou o PVC, eu era funcionário. Mesmo não fazendo parte do contexto do elenco profissional, com a saída do Luís Castro, que foi uma coisa que o clube não queria e não imaginava, quem é solicitado para ir contribuir sou eu, que era o treinador da equipe sub-23."

Ele ressaltou a sua posição inicial no clube e como acabou assumindo o papel de treinador interino após a saída do técnico anterior. Apesar de não estar presente diariamente, colaborou com a equipe junto a Cláudio Caçapa. "Tem essa questão de opinião pública e do que teve no Botafogo de rede social. Isso já havia acontecido no Botafogo no sentido de Estadual que não foi ideal, teve muita questão de rede social, e John Textor foi firme de manter o comando."

Veja mais declarações de Lúcio Flávio

Lucio Flavio fez questão de destacar que sua função inicialmente não era a de permanecer como técnico principal, mas sim como auxiliar. No entanto, acabou assumindo interinamente e buscou manter a equipe motivada: "Tentamos dar continuidade ao que era da nossa parte, manter a equipe brigando, infelizmente o único profissional que acabou demitido fui eu."

Quanto à performance da equipe nas partidas finais do Brasileirão, o ex-técnico comentou sobre os momentos críticos, especialmente os gols sofridos no final das partidas, afetando o aspecto psicológico do time. "Acredito que foi um fator que talvez (pesou) sim. Se for pegar em relação a esses momentos, começa no jogo com o Palmeiras, a primeira vez, abrimos margem no primeiro tempo e sofremos virada na última bola do jogo."

Ele destacou diversos jogos nos quais a equipe enfrentou dificuldades psicológicas, resultando em gols sofridos nos momentos derradeiros. "Nos últimos jogos, já com Tiago (Nunes), percebemos a mesma coisa. São situações pouco comuns de se ver, principalmente contra o Coritiba. Quando se tinha esses momentos, era praticamente um gatilho, equipe teve dificuldades e deixou muitos pontos nesses finais de jogo."

Lucio Flavio concluiu suas reflexões apontando para a necessidade de revisão de comportamentos e pensamentos em relação ao futebol brasileiro, especialmente diante das transformações no contexto do esporte.

Compartilhar no: