Júnior Santos, atacante do Botafogo, vem se destacando de maneira impressionante na atual temporada da Copa Libertadores. Com uma performance que desafia as expectativas, o jogador tem sido o centro das atenções por sua habilidade única em campo, marcada por arrancadas poderosas e finalizações precisas. Comentado pelo ex-jogador e comentarista do “Seleção SporTV”, Júnior, o atacante é visto como uma força da natureza quando inicia sua "galopada", tornando-se praticamente imparável devido à sua altura, força e pernas longas.

Realmente é muito fora da curva o que vem acontecendo com ele, principalmente porque não teve trabalho de base, que é fundamental. O caso dele, quando chega com 22 anos é considerado veterano, é mais ou menos uma regra que se aplica, por isso temos que valorizar mais ainda. Existem deficiências em escolhas de jogadas e fundamentos. Ano passado estava em uma fase dessas, deu aquela galopada. Quando começa com aquele pique é galopada mesmo, não dá para parar, é alto, forte, tem perna comprida. Oferece bola para o adversário, parece que vai dar. Se parar a bola para driblar é mais difícil, mas se deixar engrenar galopada dele, ainda mais quando faz o facão, arruma muita dor de cabeça para qualquer lateral e qualquer zagueiro (...) A finalização dele quando puxa para dentro e bate de canhota me lembra o Búfalo Gil. Bate com eficiência, precisão, é difícil fazer isso.

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O Talento Natural de Júnior Santos

A trajetória de Júnior Santos é notável não apenas pelas suas habilidades em campo, mas também pelo seu desenvolvimento tardio no futebol profissional. Chegando aos 22 anos, idade considerada avançada para um novato, Santos desafia a norma com performances que compensam qualquer deficiência técnica com pura força e instinto. Sua capacidade de finalizar com precisão, especialmente ao puxar a bola para dentro e chutar com a canhota, remete à eficácia de grandes nomes do futebol, ganhando a admiração de comentaristas e torcedores.

Um Fenômeno em Números

Com sete gols na Copa Libertadores de 2024, Júnior Santos não apenas se estabeleceu como o artilheiro isolado da edição atual, mas também se tornou o maior goleador da história do Botafogo no torneio. Este feito é significativo, considerando que seus gols foram marcados em uma fase anterior à de grupos, um detalhe que alguns comentaristas, como André Loffredo, apontam para contextualizar sua conquista. No entanto, a habilidade de Santos em se destacar em momentos cruciais e sua influência decisiva em jogos importantes reafirmam seu valor excepcional como atleta.

Alguns pontos para não fazermos muita festa, embora ele seja merecedor. Só para contextualizar. São sete gols em fases anteriores a de grupos, os outros jogaram fase de grupos, inclusive quando era mais difícil, só entravam campeões e vices dos países. Pimpão não. Mas, enfim, em momentos mais difíceis ninguém pegou o Aurora, mas quem pegou não fez quatro gols. Outro ponto que discordo, mas é assim e parabéns para o Júnior Santos, ele é o artilheiro da Libertadores. Os outros vão começar com ele com sete ou mais gols na frente. Vai ter gente que fez trabalho melhor ano passado que vai entrar sete, oito, nove gols atrás do Júnior Santos. É uma disputa desigual pela artilharia. Ao final da competição, ele pode estar muito à frente. É errado, mas é assim, tem que aproveitar. E ele está aproveitando muito bem, não só com gols não, também com arrancadas e dribles.

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Um Novo Ícone em Ascensão

As performances de Júnior Santos renderam comparações com ícones do passado e uma enxurrada de memes da torcida alvinegra, celebrando sua contribuição para o legado do Botafogo. Seu apelido de “Possesso”, inspirado por grandes nomes do futebol, simboliza o impacto e a excitação que ele traz para o jogo. André Rizek, apresentador do “Seleção SporTV”, reflete sobre o orgulho dos torcedores do Botafogo em sua história e a importância de ídolos como Santos, que não só exaltam o passado glorioso do clube, mas também trazem esperança e alegria para o presente.

O botafoguense é muito orgulhoso da sua história, traz sempre referências de sua história. As razões que fazem a gente se apaixonar pelo futebol são o sonho, a brincadeira… E o botafoguense é um torcedor que merece mesmo falar da sua história. O Botafogo não é só o clube que não ganha um título brasileiro desde 1995, que deu aquela derrapada vexatória no ano passado. O Botafogo é o clube que, junto com o Santos, fez do Brasil o país do futebol. Foram a base das conquistas de 58, 62 e 70, quando o Brasil começou a se tornar o que é hoje. São os dois clubes que fundaram o futebol brasileiro como conhecemos hoje. Não é nem uma questão de pressão, mas de valorizar sua história, brincar, ter bom humor, saber rir de si mesmo e ter orgulho de você mesmo também. Quando você olha a história do Botafogo na Libertadores, que é pobre, você olha os maiores artilheiros e o Júnior Santos se coloca à frente de Dirceu, Jairzinho, Rodrigo Pimpão, Marinho Chagas, Roberto Miranda… Uma média de 2,3 gols por jogo. Isso tem que ser festejado, exaltado.

Um Legado em Construção

Júnior Santos, com sua trajetória única e performances notáveis, está rapidamente se tornando um dos jogadores mais emblemáticos do Botafogo. Sua capacidade de superar adversidades e brilhar nas maiores competições do continente serve como inspiração para atletas e fãs. Enquanto o Botafogo avança na Libertadores, os olhos estarão voltados para Santos, ansiosos por mais momentos de genialidade que solidifiquem seu lugar na história do futebol brasileiro e mundial.

Com uma combinação de talento natural, trabalho árduo e uma determinação incansável, Júnior Santos representa a essência do que faz o futebol ser tão amado ao redor do mundo. Seu legado, ainda em formação, promete ser um dos mais luminosos na rica tapeçaria do Botafogo e do futebol sul-americano.

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