Apreensões no Universo do Futebol

John Textor, acionista da SAF do Botafogo, em uma recente entrevista ao “GE”, expressou preocupação com a saída da 777 Partners do Vasco pela via judicial, destacando uma possível insegurança jurídica no futebol brasileiro. A declaração não passou despercebida e gerou uma resposta do presidente do Vasco, Pedrinho, que abordou a situação de forma respeitosa, mas firme.

Declarações Polêmicas e Respostas Firmes

A Visão de Textor

Durante a entrevista, Textor levantou preocupações sobre a estabilidade jurídica no futebol nacional, ressaltando que a saída da 777 Partners poderia refletir negativamente no cenário global. Ele sugeriu que a 777 Partners não havia descumprido obrigações contratuais, o que levou a uma forte reação de Pedrinho.

A Resposta de Pedrinho

Pedrinho rebateu as declarações de Textor, argumentando que a 777 Partners havia, sim, descumprido diversas cláusulas contratuais. Ele sublinhou que Textor não tinha acesso completo aos detalhes do contrato e que o juiz responsável pela liminar tinha fundamentos sólidos para a sua decisão.

"Com muito respeito ao Textor, ele mexeu num campo que ele não tem conhecimento do que a gente tem. Ele falou que a 777 não descumpriu nada. Descumpriu diversas coisas. Ele não tem acesso ao contrato. Então, o juiz que deu a liminar está errado? De fora, as pessoas vão falar coisas que elas não sabem, como falaram diversas vezes, como eu apanhei cinco meses, e as pessoas não sabiam," afirmou Pedrinho.

Ele ainda acrescentou que, embora respeitasse Textor, este estava equivocado ao falar sobre um assunto do qual não tinha pleno conhecimento. Afirmou que mais detalhes sobre o caso seriam esclarecidos em breve, reforçando sua confiança na justiça e nas decisões tomadas.

Retratação de John Textor

Após a resposta de Pedrinho, John Textor usou suas redes sociais para se retratar, reconhecendo que havia falado sem pleno conhecimento dos fatos. Ele elogiou os esforços de Pedrinho para proteger o Vasco e expressou seu desejo de sucesso ao clube, exceto quando os times se enfrentarem.

"Presidente Pedrinho está 100% correto. Não conheço os fatos do desastre da 777 e tenho a certeza de que é uma grande luta lidar com a natureza imprevisível do drama em evolução do 777. Os meus comentários foram certamente um tanto teóricos, e eu estava apenas a tentando sobre o impacto que esta situação tem nas percepções globais. Aplaudo os esforços dele para proteger o seu clube, e desejo ao Vasco apenas os melhores resultados (a não ser que estejamos nos enfrentando é claro!)" – escreveu Textor.

Solidariedade e Repercussões

Ação Hostil e Solidariedade

Em outro episódio controverso, o presidente do São Paulo, Julio Casares, manifestou solidariedade à presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Bonecos enforcados com seus rostos foram pendurados por "torcedores" do Botafogo, um ato que gerou repúdio geral.

"Eu fiquei muito preocupado com as imagens. Acho que é uma questão muito triste. Presto aqui a minha solidariedade à Leila e ao Ednaldo. Isso não se faz. Isso é um gesto desumano, preconceituoso e violento. Acho inclusive que essas pessoas não podem ficar impunes," declarou Casares.

Ele destacou a necessidade de punições severas para os responsáveis, e instou o Botafogo e John Textor a tomarem medidas para identificar e punir os culpados, ressaltando que o incidente ocorreu no estádio do clube.

Expectativas para o Próximo Jogo

São Paulo e Botafogo se enfrentarão na próxima quarta-feira no Morumbi pelo Campeonato Brasileiro-2024. Casares afirmou que, apesar das controvérsias, Textor será bem recebido e esperava um encontro cordial.

"No segundo plano, o Textor virá ao Morumbi, será muito bem tratado, protocolarmente nós estaremos juntos. Espero dar um abraço nele. Claro que não muda nada em relação aos atletas, aquele estudo que ele fez que eu fui na CPI, aquelas ilações perigosas. Isso não muda o meu comportamento e visão que aquilo foi um ato irresponsável que deve ter uma punição," acrescentou.

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