Acionista do Botafogo critica acréscimos e diz que "seis minutos foram loucura" após empate com o Vitória.

A polêmica da arbitragem marcou mais uma rodada do Campeonato Brasileiro. O empate entre Botafogo e Vitória, neste sábado, deixou um gosto amargo para a torcida alvinegra e, principalmente, para o acionista John Textor. A cera do adversário e os poucos minutos de acréscimos geraram revolta e colocaram em xeque a imparcialidade da arbitragem.

O Jogo e a Reação de Textor

O Botafogo dominou o jogo e pressionou em busca da vitória, mas o Vitória soube se defender e explorar as falhas da defesa adversária. Aos olhos de John Textor, o time alvinegro foi prejudicado pela falta de rigor do árbitro em relação às constantes faltas e simulações dos jogadores do Vitória. A cera, prática comum no futebol, foi intensificada nos minutos finais, com o objetivo de consumir o tempo e garantir o empate.

Não tenho nenhum problema com o árbitro, mas eu fiquei muito surpreso que depois de toda a perda de tempo, as lesões, o antijogo intencional, acho que dar seis minutos de acréscimos foi estranho. Acho que o árbitro tem tempo livre. Se ele vir o jogo de novo, ele vai aprender sobre o próprio trabalho. Seis minutos foram loucura. Mas também não foi por isso que o jogo terminou empatado. Se ele desse mais três minutos, não se tem garantia de que o Botafogo iria ganhar. Mas sim, foi estranho, não?

O acionista do Botafogo demonstrou sua indignação com a arbitragem e criticou a falta de tempo adicional concedido pelo árbitro. Segundo ele, o Botafogo merecia mais tempo para buscar a vitória.

A Disputa pela Liderança

O empate com o Vitória custou a liderança do Campeonato Brasileiro ao Botafogo, que agora divide a primeira posição com o Palmeiras. A equipe alvinegra, no entanto, segue confiante na possibilidade de recuperar a ponta da tabela.

O Campeonato Brasileiro é ganho por pontos, não acredito que Botafogo e Palmeiras vão ganhar por algum critério de desempate. Estamos empatados em 70 pontos, vamos para São Paulo, gostamos de jogar no estádio deles, vamos bem no estádio deles. Infelizmente, nos últimos jogos não conseguimos os três pontos, é frustrante, muita posse, muitos chutes, muita qualidade. Estamos onde estamos. Gostamos de enfrentar o Palmeiras, você já viu isso.

Vi a frustração deles (jogadores) com os resultados. É um jogo de oportunidades, momentos estranhos, achamos que poderíamos conseguir alguns gols. Mas isso se resolve. Temos duas finais, o Brasileirão e a Copa Libertadores. O gol vai sair cedo ou tarde, quando sair, vai abrir a porteira.

A Situação Financeira do Lyon e as Implicações para o Botafogo

Além da polêmica da arbitragem, John Textor também se pronunciou sobre a situação financeira do Lyon, clube francês que também faz parte de seu portfólio de investimentos. A DNCG, órgão regulador do futebol francês, impôs diversas restrições ao Lyon, como o impedimento de contratar novos jogadores e o controle da folha salarial.

Não há risco nem para os torcedores do Lyon. Estamos em um ambiente muito político na França. Estamos mudando a forma como o caixa do clube funciona, temos um modelo de negócio muito colaborativo. Não é considerado normal na França. Eles têm um processo incomum, com 18 consultores que decidem se acreditam ou não se vamos ter sucesso no nosso negócio. Nos Estados Unidos, somos corajosos. Na França, nunca viram nada assim. Pegam o nosso fluxo de caixas, ativos e transferência de jogadores, mas olham da maneira que olham há muitos anos e dizem: ‘Não vão ter sucesso com as finanças”. Isso é uma piada. Não vamos ser rebaixados na França. Estamos brigando pela Liga dos Campeões.

Não há risco para o Botafogo. O Botafogo está na liderança da tabela porque colaboramos, porque trouxemos jogadores que acreditam no projeto da Eagle. Não vamos parar nosso modelo de negócios, não vamos desistir do projeto da Eagle. Foi um aviso. Se não acertarmos nossa situação financeira até o fim do ano, teremos um problema. Isso é verdade para todos os clubes franceses. Não tem nada a ver com o Botafogo, a não ser pelo fato que somos um família. Nós colaboramos. Isso beneficia esse clube e outros clubes. Vamos continuar fazendo isso exatamente assim.

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