Empresário Americano Vai Até o Fim, Desafiando Decisões do STJD e Levantando Polêmica

O empresário John Textor, acionista da SAF do Botafogo, enfrenta uma batalha incansável contra as arbitragens questionáveis no cenário futebolístico brasileiro. Mesmo após uma punição de 35 dias imposta pelo STJD, Textor não demonstra intenção de recuar. Com respaldo de um relatório da renomada empresa "Good Game!", o empresário norte-americano intensifica sua luta, desafiando as decisões controversas que têm afetado o panorama esportivo. Essa postura desafiadora foi destacada pelo jornalista André Rizek, apresentador do programa "Seleção SporTV", durante uma recente transmissão.

Comentaristas debatem caso John Textor x Arbitragens

Rizek descreveu a postura de Textor como ofensiva e determinada: "Ele está sendo processado pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e mesmo assim está ampliando sua posição. Esse relatório da Good Game! não se limita a este ano, abrange também o ano passado. Textor está utilizando esse relatório, que ele considera substancial, evidenciando inúmeros equívocos de arbitragem. Devo mencionar que li o relatório e, enquanto a empresa considera como erros claros, muitos desses incidentes foram interpretados como acertos. Comportamentos que a empresa identifica como suspeitos não nos parecem anômalos. No entanto, é um relatório elaborado por uma empresa que já prestou serviços para ele no Lyon. Ele o utilizou na justiça desportiva e agora planeja levá-lo à justiça comum. Textor alega manipulações e resultados questionáveis. Não é minha opinião. O relatório aponta diversos equívocos em favor do Palmeiras. Ele está disposto a levar isso até o fim, inclusive buscando recursos na justiça comum", assegurou Rizek.

Em um momento específico, o relatório sugeria que o Botafogo deveria ter acumulado 21 pontos a mais no Campeonato Brasileiro-2023 em comparação com o Palmeiras, equipe que atualmente está próxima de conquistar o título.

No entanto, essa postura combativa de Textor recebeu um apelo público do jornalista e escritor Irlan Simões, que expressou sua preocupação sobre a possibilidade do acionista majoritário da SAF do Botafogo buscar a justiça comum para lidar com as questões da arbitragem, assunto amplamente estudado pela empresa internacional "Good Game!".

"Desejo fervorosamente que John Textor não tome a decisão de levar a questão da arbitragem para a Justiça Comum. Isso poderia resultar em uma tragédia para todo o futebol brasileiro", afirmou Irlan em um post.

Irlan, que teve acesso ao relatório da Good Game!, compartilhou sua análise: "O material que obtive do relatório se restringe à análise dos lances. A empresa se orgulha de possuir um algoritmo altamente complexo capaz de determinar, com base no comportamento do árbitro (!), se os erros foram intencionais ou não. O relatório não indica qualquer INTENÇÃO nos erros da arbitragem".

Ele também alertou que se o argumento de Textor for de manipulação de resultados, o próprio estudo contratado por ele e endossado por alguns torcedores do Botafogo refuta essa hipótese: "O estudo diz que não há manipulação. Todos reconhecemos que a arbitragem brasileira enfrenta desafios. Cada clube tem sua lista de erros prejudiciais e até fatais. Se o resultado dessa movimentação toda for a profissionalização da nossa arbitragem, ótimo, estamos todos de acordo. Mas se isso levar o futebol brasileiro a uma espiral de problemas que possa até afetar a FIFA, devido ao risco de interferência da justiça comum nos assuntos da CBF, por favor, isso não é o que queremos."

Em uma interação posterior com um leitor, Irlan Simões sugeriu que a atitude de Textor pode estar relacionada a uma disputa política interna na CBF.

A persistência de John Textor em desafiar as arbitragens do futebol brasileiro continua a levantar debates intensos e preocupações sobre as consequências que suas ações poderiam acarretar para o esporte nacional. Enquanto alguns apoiam sua determinação em busca de transparência e justiça, outros temem o impacto negativo que essa saga poderia ter não apenas para o futebol, mas também para a estrutura organizacional do esporte em níveis mais amplos.

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