O atacante revela suas aventuras e obstáculos em estreia memorável pelo clube

Júnior Santos recentemente compartilhou suas experiências e desafios em um episódio marcante do Botafogo Podcast, veiculado pela nova Botafogo TV. Durante a entrevista, ele não apenas revisitou seus primeiros passos no futebol mas também se arriscou no rap, demonstrando sua versatilidade fora dos gramados.

Em uma conversa descontraída com os apresentadores Kadu Macri e Gabiru, Júnior Santos detalhou como foi o convite para se juntar ao Botafogo em 2022, uma decisão que ele abraçou com entusiasmo. "Eu estava em um bom momento no Sanfrecce, mas sentia falta de algo mais. A proposta do Botafogo me trouxe de volta ao Brasil, onde eu queria reafirmar meu talento e contribuir com o time", comentou.

Eu estava passando por um começo muito bom no Sanfrecce, mas vieram algumas coisas que me levaram a ficar um pouco triste lá no Japão. Quando o Botafogo me procurou fiquei muito feliz. Eu pensei: “Cara, fiquei muito tempo no Brasil. Ainda estou com 27 anos, vou voltar para o Brasil”. Falei para o meu empresário que queria voltar, jogar muito e ser reconhecido, achava que tinha capacidade de chegar lá e mostrar meu melhor. E acabei vindo. 

Desafios de Adaptação

A Dificuldade na Estreia

A adaptação ao novo clube trouxe seus desafios, especialmente considerando as diferenças de fuso horário entre o Brasil e o Japão. Júnior Santos revelou um momento peculiar em sua estreia: "Eu estava literalmente vendo dois goleiros durante o jogo, algo que atribuo ao descompasso do fuso horário. Apesar de marcar um gol, senti que poderia ter performado melhor".

Quando cheguei aqui fiquei muito feliz, o ambiente do treino me trouxe uma paz, fiquei tranquilo. Fui para o primeiro jogo três ou quatro dias depois, lá no Japão são 12 horas à frente no fuso. Meu Deus, de manhã eu dormia e de noite ficava acordado (risos). Fiz um gol, mas perdi uns também (contra o Juventude)… Mas eu estava vendo dois goleiros, estava abafando rápido, muito estranho. Eu não consegui dormir à noite esse dia e o jogo foi às 11h. O fuso horário me pegou.

Rola muita história na internet, né? Tem umas coisas que a gente vê e fica meio puto em casa… Para o japonês, o que você fala está valendo. Eles não queriam a princípio vender para o Botafogo porque colocaram uma cláusula que eu seria vendido por 20 milhões, o que todo mundo achou uma loucura. Mas vocês acham que o japonês é maluco? Eles sabiam da minha qualidade. Eu tinha poucos gols, mas criava muito, sempre fui um jogador de arrasto. Saí de lá sendo o maior driblador, estava jogando muito bem. Só que rolou uma situação e eu não queria ficar mais, eles respeitam isso e me emprestaram por três meses (para o Botafogo)

Transição e Persistência

A jornada de Júnior Santos não foi linear. Após o término de seu empréstimo com o Sanfrecce Hiroshima, houve incertezas sobre seu futuro. "Houve momentos de tensão nas negociações, especialmente com o interesse inicial do Botafogo em uma compra definitiva. A cultura japonesa de negócios e as expectativas elevadas foram desafiadoras", explicou. Eventualmente, após uma breve passagem pelo Fortaleza, onde enfrentou obstáculos físicos e de encaixe no elenco, Júnior Santos retornou ao Botafogo, solidificando seu lugar no time.

Quando o Botafogo falou que não queria me comprar, eu teria que retornar. Eu não queria voltar, eles me respeitaram, mas queriam que eu voltasse para me vender para outra equipe. Eu falei: “Se voltar para o Japão, vou cumprir meu contrato e quando chegar o meio do ano assino um pré-contrato”. Aí surgiu o Fortaleza querendo pagar tanto, e como estava esse clima, eu perdi a pré-temporada, cheguei no Fortaleza no meio do Estadual. Por causa disso, tive uma tendinite no meio do ano. No Fortaleza, o time já estava encaixado, fiquei sem espaço e o Botafogo ainda me queria. O Marcelo Paz (ex-presidente e atual CEO do Fortaleza) não queria me liberar, e eu não tenho nada com o Vojvoda (treinador), foi mais uma opção dele por eu não estar com ritmo. Ele ainda não me conhecia, eu tinha que conquistar meu espaço, aí depois eu quis sair e o Paz me liberou para ir para o Botafogo.

Confira mais da resenha com Júnior Santos

APELIDO DE JACARÉ

Foi o Tiquinho. Ele falou, fiz uma brincadeira. Ele me falou que eu precisava arrumar uma comemoração. Aí fui e fiz (o gesto de jacaré). Aí começou.

MAIOR ARTILHEIRO DA HISTÓRIA DO CLUBE NA LIBERTADORES

Estou muito feliz, mas me mantenho com os pés no chão, trabalhando bastante, para nunca achar que está bom.

AMBIENTE COM OS COMPANHEIROS

Eu brinco com todo mundo, sou resenha com todos, com os funcionários… Sou um cara alegre, já chego perturbando a galera, aí um vem falar comigo, discute, começa a brigar (risos). Mas é um grupo muito bom, é gratificante chegar para trabalhar, é uma energia muito boa.

BRINCADEIRAS DA TORCIDA

No começo eu levei até na brincadeira, porque eu sei o que represento. Mas depois ficou algo meio que folclórico. Eu tinha que jogar bem todos os jogos, não podia errar um passe, entre aspas, não podia estar num dia mau. Eu era craque ou bagre. Eu achei resenha um pouco no começo, mas depois achava que as pessoas não me davam o valor devido. Eu trabalho, me esforço, acho que jogo bem, essas coisas aí eu não gostava muito. Não achava justo, mas não interfere nada em minha vida, sempre penso no trabalho, sou esse cara que motiva meus companheiros, sempre com positividade.

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