Quem Se Salvou na Temporada 2023
A campanha do Botafogo no Brasileirão 2023 foi um turbilhão de emoções. Do topo da tabela, com uma vantagem histórica de 13 pontos, à queda vertiginosa que resultou em um quinto lugar ao final da competição, o clube passou por altos e baixos. No entanto, mesmo com essa montanha-russa de desempenho, alguns jogadores mantiveram uma consistência admirável ao longo da temporada, resistindo ao desmoronamento coletivo e se destacando no cenário do futebol brasileiro.
Tchê Tchê: A Regularidade Polivalente no Botafogo
Entre altos e baixos coletivos, um nome se destacou como o bastião da regularidade no Botafogo: Tchê Tchê. O camisa 6 não apenas foi um dos mais regulares em campo, mas também mostrou uma versatilidade ímpar ao desempenhar diferentes funções táticas. Do meio-campo à lateral, Tchê Tchê foi peça-chave em todos os esquemas táticos adotados pelos treinadores ao longo do ano.
Sua temporada foi marcada por um desempenho notável, alcançando sua maior contribuição direta para gols na carreira, com três gols e sete assistências, totalizando incríveis 10 participações diretas. Um feito que supera até mesmo seus melhores momentos no Audax-SP, em 2013.
Danilo Barbosa: A Resiliência na Adversidade
Danilo Barbosa iniciou o Brasileirão como titular, porém, uma lesão no músculo adutor da coxa direita o afastou temporariamente dos gramados, cedendo espaço a Marlon Freitas. Após sua recuperação, viu-se frequentemente no banco, até recuperar a titularidade nas rodadas derradeiras, quando Tiago Nunes promoveu mudanças em busca do título.
Apesar de lidar constantemente com questões físicas, Barbosa foi uma adição valiosa, especialmente no final da temporada, tornando-se uma opção mais consistente em relação a Marlon Freitas, que enfrentava um momento de baixa. Com Nunes, desempenhou um papel crucial como terceiro zagueiro, contribuindo com três gols no Brasileirão.
Victor Sá: O Renascimento na Ponta
Após um desempenho irregular no Campeonato Carioca, Victor Sá ressurgiu com vigor no Brasileirão, especialmente nas fases finais. Como ponta esquerda, foi um dos jogadores mais influentes do Botafogo, somando oito gols e sete assistências.
Sua habilidade no drible e seu papel na recomposição tática se destacaram. Marcou gols cruciais, como os que garantiram empates contra RB Bragantino e Flamengo, além de um gol de letra contra o Atlético-MG no Estádio Nilton Santos.
Tiquinho, Lucas Perri e Adryelson: O Trio do Primeiro Turno
Tiquinho, Lucas Perri e Adryelson merecem uma menção honrosa por formarem a espinha dorsal do Botafogo durante o melhor primeiro turno da história dos pontos corridos. No entanto, também enfrentaram uma queda expressiva de desempenho na segunda metade do Brasileirão, impactando diretamente na perda do título.
Tiquinho, artilheiro do Alvinegro com 17 gols, foi o destaque no primeiro turno, mas problemas pessoais afetaram seu rendimento no fim do ano. Perri e Adryelson, elementos fundamentais na defesa sólida do primeiro turno, estão com um acordo encaminhado para defender o Lyon, clube de John Textor na França.
A temporada do Botafogo foi marcada por reviravoltas e desafios, mas esses jogadores se destacaram como pilares de consistência em meio ao caos. Suas performances, mesmo em momentos difíceis, mostram a resiliência e o talento presentes no elenco do clube, oferecendo esperança e inspiração para futuras jornadas no futebol brasileiro.