Com atuações fracas e técnico pressionado, Botafogo perde mais uma no Brasileirão e vê o time afundar na tabela. Igor Jesus é o único destaque em um jogo marcado por falhas e desânimo.

O Botafogo vive um momento delicado na temporada. No último domingo (20/4), o time foi derrotado por 1 a 0 pelo Atlético-MG, no Mineirão, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Mais do que o resultado, a atuação do time deixou a torcida preocupada. Erros defensivos, falta de criatividade no ataque e uma postura apática escancararam a crise que o clube enfrenta. A situação se agravou com críticas à diretoria, ao técnico Renato Paiva e ao elenco, que ainda não engrenou em 2025.

Atuações: Apenas Igor Jesus se salva

Desempenhos individuais abaixo da média

A torcida saiu decepcionada mais uma vez. As atuações foram, em sua maioria, fracas. John até fez boas defesas, mas falhou no lance do gol de Cuello. O lateral Vitinho, por sua vez, teve uma atuação desastrosa, com dificuldades até para dominar a bola.

No meio-campo, Gregore foi um dos piores em campo, com erros na saída de bola que culminaram na expulsão de David Ricardo. Artur, Matheus Martins e Savarino tentaram criar, mas pecaram no último passe e nas finalizações.

O único que realmente tentou mudar o jogo foi Igor Jesus. Brigador, deu bons passes, se movimentou e mostrou vontade. Mas jogou praticamente sozinho no ataque.

Renato Paiva pressionado: Falta de soluções preocupa

Substituições tardias e esquema travado

Renato Paiva mais uma vez não conseguiu fazer o time reagir. Suas substituições, sempre após os 15 minutos do segundo tempo, são vistas como tardias pela torcida. Além disso, o time sofre com bolas aéreas, um problema recorrente que já custou pontos preciosos.

Paiva não consegue dar padrão de jogo, e o elenco parece sem sintonia. A desorganização em campo preocupa, principalmente com jogos decisivos pela frente.

Crise interna: Falta de comando e união no clube

Alex Telles pede união e trabalho

Após a derrota, o lateral Alex Telles falou à imprensa e tentou jogar água na fervura. Segundo ele, é hora de “baixar a cabeça e trabalhar”.

“Não é momento de desunião, nem da nossa torcida, nem nossa, nem de ninguém. É momento de continuar unidos”, disse o jogador.

O discurso é importante, mas não é suficiente. O time precisa apresentar resultado dentro de campo, principalmente com o próximo desafio sendo fora de casa, contra o Estudiantes, pela Libertadores.

John Textor é apontado como responsável pela fase ruim

Críticas da imprensa ao dono do clube

O comentarista André Loffredo, da SporTV, foi direto ao apontar o maior culpado: John Textor, dono da SAF Botafogo. Segundo ele, o empresário “largou o clube” em 2025 e deixou a equipe sem estrutura para competir em alto nível.

“Você não pode fazer o Campeonato Brasileiro entrando, largando do zero”, criticou Loffredo.

Sem reforços de peso e com um elenco cheio de lacunas, o Botafogo sente a ausência de uma gestão forte. A defesa, por exemplo, tinha apenas dois zagueiros disponíveis. Após a expulsão de David Ricardo, o técnico teve que improvisar.

Situação do Botafogo na tabela e próximos desafios

Com apenas 5 pontos em 5 rodadas, o Botafogo ocupa a 14ª colocação no Brasileirão. Na Libertadores, tem 3 pontos em dois jogos. A pressão por resultados aumenta, e a próxima partida contra o Estudiantes, na Argentina, é decisiva para manter as chances na competição continental.

A derrota para o Atlético-MG foi mais do que um tropeço fora de casa. Foi um retrato da desorganização dentro e fora de campo que o Botafogo enfrenta neste início de temporada. O elenco não encaixa, o técnico não encontra soluções, e a diretoria parece distante.

Para sair dessa crise, o clube precisa de união, como pediu Alex Telles, mas também de atitudes concretas. Reforços, mudança de postura e, principalmente, um plano claro para o restante da temporada.

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