Erros constantes, falta de critérios e descaso da CBF levam o futebol nacional ao caos.

A arbitragem brasileira vive uma crise sem precedentes. Erros constantes, falta de critérios e a aparente indiferença da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) têm gerado um clima de insatisfação generalizada entre clubes, torcedores e especialistas. A recente expulsão injusta de Gregore, em jogo válido pela Copa do Brasil, foi a gota d'água para que a discussão se intensificasse.

Botafogo se posiciona

O Botafogo, em especial, manifestou sua indignação com a decisão, solicitando à CBF uma explicação formal sobre o ocorrido. A diretoria alvinegra questiona a atuação do VAR e critica a falta de resposta da entidade aos ofícios anteriores.

O Flamengo, por sua vez, também se pronunciou, denunciando um pênalti não marcado em sua partida contra o Palmeiras. O clube carioca, assim como o Botafogo, aponta a falta de critérios da arbitragem como um dos principais problemas do futebol brasileiro.

Veja trechos do ofício do Botafogo divulgados pelo ‘GE’:

Ocorre que, de maneira totalmente descabida, o árbitro de vídeo chamou o de campo para revisar a jogada, culminando com a expulsão do atleta Gregore, prejudicando o Botafogo, que se viu obrigado a atuar com um atleta a menos durante toda a segunda etapa, mas também o espetáculo, sem que nada que justificasse a expulsão tivesse ocorrido.

Clube nenhum, torcedor nenhum, comentarista nenhum está satisfeito com a arbitragem brasileira. A insatisfação é geral e irrestrita, até porque, a cada dia, a péssima qualidade demonstrada mancha ainda mais os campeonatos nacionais e desvaloriza o principal esporte brasileiro.
Está cada vez mais difícil esperar por qualquer providência ou melhoria, haja vista o total descaso para com os ofícios anteriores, de modo que esse expediente, fatal e infelizmente, servirá tão somente para registrar, outra vez, o completo despreparo e a incapacidade da Entidade máxima do Futebol nacional de comandar e gerir, a contento, a modalidade e seus campeonatos.

A Posição da Ferj

A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) não ficou de fora do debate. Em nota oficial, a entidade comparou a arbitragem brasileira a um paciente em estado crítico, necessitando de cuidados intensivos. A Ferj critica a "inabalável e exuberante desuniformidade de critérios" e defende a necessidade de ouvir os clubes para encontrar soluções.

Toda rodada temos repetidos problemas de arbitragem que já se tornaram motivo de chacotas, ultrapassaram, há muito, o chamado “choro de perdedor” para cada vez mais fazer crescer o descrédito, a dúvida, a incerteza da competência; a vulnerabilidade, fragilidade ou imperfeição do conjunto que abrange a formação, seleção, treinamento, escalas, avaliação de desempenho, dentre outras valências, onde as métricas variam com a singularidade de quem as administra à sua vontade, com impactos negativos diretos causadores de insegurança das competições, debilidade das explicações e a evidência da inabalável e exuberante desuniformidade de critérios.

Tudo isso com reflexos muito ruins para todos, principalmente para os clubes e campeonatos. Não encontro nenhuma justificativa para a possível insensibilidade e impermeabilidade ao clamor que tomou conta do tema arbitragem, de maneira uníssona, transformando a CBF em alvo dos mais variados ataques e o presidente colocado isoladamente no meio do furacão, como se nós, Federações, não tivéssemos nada a ver com isso, não fôssemos atingidos, ou como não estivéssemos incomodados com o que está acontecendo, numa insensibilidade injustificável e total falta de apoio ao presidente, que está sendo responsabilizado e atingido até mesmo por maledicências e delírios alheios, como se dele partissem orientações para a intencionalidade de erros destinados e prejudiciais a esse ou aquele clube, por esse ou aquele motivo.

Penso que urge uma reflexão sobre a necessidade imediata de que sejam reunidos e ouvidos os mais prejudicados, os clubes, para um debate sobre caminhos a serem seguidos que possam conduzir a melhores resultados.
Impossível, infantil e vazia, nos tempos atuais, com a tecnologia que se dispõe, a hipótese da existência de apenas um único ser com sapiência capaz de congregar todas as soluções e como se fosse impossível e não permitido a qualquer outro mortal não saber ver, enxergar, registrar, processar e concluir o que se passa.
Só um louco extremamente soberbo acredita nisso. É evidente, incontroverso e inquestionável que a orquestra está desafinada ou “afinada” demais, quem sabe? (músicos(?), maestro (?), ambos (?), nenhum deles (?)).

Isto posto, cabe um diagnóstico etiológico preciso para que se tenha um tratamento eficaz e um prognóstico satisfatório para o bem e a tranquilidade de todos. E os clubes não podem ficar de fora disso. É o que se espera e o que pode e deve ser feito.
O paciente “arbitragem” está no CTI, à beira da morte, e o tempo do “L’État c’est moi” já se foi com um certo Luis alguma coisa.
Pensemos todos nisso.

Análise da Situação da arbitragem feita pelo Botafogo Hoje

A crise da arbitragem brasileira é multifacetada. Entre os principais problemas, destacam-se:

  • Falta de investimento em tecnologia: O VAR, embora seja uma ferramenta importante, ainda não é utilizado de forma eficiente no Brasil.
  • Falta de treinamento e qualificação dos árbitros: A formação dos profissionais da arbitragem precisa ser aprimorada para garantir maior precisão nas decisões.
  • Pressão por resultados: A busca por resultados imediatos pode levar os árbitros a cometer erros por medo de serem pressionados.
  • Falta de transparência da CBF: A confederação tem sido acusada de falta de transparência ao não divulgar as gravações do VAR e não tomar medidas efetivas para solucionar os problemas.

Consequências da Crise

A crise da arbitragem tem consequências graves para o futebol brasileiro:

  • Perda de credibilidade: A arbitragem, como um dos pilares do esporte, perde sua credibilidade quando os erros são frequentes e não são corrigidos.
  • Aumento da violência nos estádios: A insatisfação com a arbitragem pode gerar um clima de tensão nos estádios, aumentando o risco de atos de violência.
  • Dificuldade para atrair investimentos: Investidores estrangeiros podem se sentir inseguros em investir no futebol brasileiro devido à falta de profissionalismo da arbitragem.

Possíveis Soluções

Para solucionar a crise da arbitragem, é necessário um esforço conjunto de todos os envolvidos:

  • Investimento em tecnologia: É preciso ampliar o uso do VAR e investir em outras tecnologias que possam auxiliar os árbitros nas tomadas de decisão.
  • Melhoria da formação dos árbitros: A CBF deve investir em programas de treinamento e qualificação mais eficientes.
  • Criação de um tribunal de Justiça Desportiva mais independente: Um tribunal mais independente poderia analisar os casos de forma mais imparcial e aplicar punições mais severas aos erros graves.
  • Maior transparência da CBF: A confederação precisa ser mais transparente em suas decisões e divulgar as gravações do VAR para que a sociedade possa acompanhar o trabalho dos árbitros.
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