A regra do Estádio não permite uso de camisa adversária no camarote do Nilton Santos

A família de Paulo Henrique Ganso foi barrada e precisou esperar do fora do estádio Nilton Santos para acompanhar o clássico entre Botafogo e Fluminense pelo Brasileirão. O motivo é que a esposa Giovana Costi e o filho Henrico estavam uniformizados com a camisa tricolor, o que não é permitido nas regras do estádio. 

A mulher de Paulo Henrique Ganso disse que os funcionários do estádio a informaram que era uma orientação nova e que não teve suporte do staff. Ela usou suas redes sociais para dar sua versão, que é diferente da explicação do Botafogo.

Família de Ganso é barrada no Estádio Nilton Santos

Após a confusão, o Botafogo informou que os cessionários foram comunicados previamente que os camarotes não são setores mistos. A nota chegou a circular em alguns grupos do WhatsApp semanas atrás:

**Prezados Cessionários, bom dia.**

Gostaria de salientar, sobre a NÃO utilização de camisa de times visitantes nos Camarotes do Estádio Nilton Santos.

Conforme consta nos contratos firmados no parágrafo 3.12:

3.12. É  vedado o  ingresso,  em  dias  de  eventos  com  mando  de  campo  da  S.A.F. BOTAFOGO e/ou do BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS, no Estádio Olímpico Nilton Santos, incluído o espaço de CAMAROTE, portando ou vestindo vestuário de Clubes de Futebol, com exceção das vestimentas de:

(i)Botafogo de Futebol e Regatas;
(ii)S.A.F. Botafogo;
(iii)Crystal Palace Football Club;
(iv)FC Florida;
(v)Olympique Lyonnais;
(vi)RWD Molenbeek;
(vii)Seleções Internacionais.

É importante que repassem à informação aos seus convidados para que não tenham problemas ao acessar os camarotes.

De acordo com Giovanna, o dono do camarote onde ela ficaria não chegou a ser avisado. A esposa do camisa 10 do Fluminense disse que funcionários afirmaram se tratar de "algo novo".

As pessoas que nos 'barraram' viram os torcedores adversários passarem, debocharem da situação, 2 mulheres (sendo uma grávida) e 2 crianças, e não moveram 1 dedo. Alguns minutos depois vimos outros torcedores do Fluminense serem barrados, mas eles fechavam o casaco e passavam.

Como seu filho estava todo uniformizado, eles foram proibidos de acessarem o local. Segundo Giovanna, a família foi direcionada a um lugar seguro em outro camarote após contato com a diretoria tricolor. Na saída, ela relatou ter sido hostilizada:

Correria, bate-boca, uma arrogância de todos os funcionários que ali estavam. Coração do meu filho acelerado!

Declarações é diferente da nota do Botafogo

Segundo a nota do Botafogo, os cessionários foram comunicados previamente que os camarotes não são setores mistos. Sobre a situação com a esposa do Ganso, o clube informou que o operacional transferiu a família do jogador para a área que poderiam acessar.

Todos os cessionários foram avisados previamente que os camarotes não são setores mistos para segurança dos próprios torcedores adversários. Esta mesma política é aplicada em diversos estádios do país pois já houve inúmeros casos de confusões nos últimos anos, sendo necessária a regra. A única exceção para utilização de camisas de outros que não a do Botafogo (mandante) é para os camarotes destinados como cortesia à diretoria do clube adversário, onde são tomadas as melhores precauções e há uma garantia de segurança preparada com antecedência. No caso citado dos familiares do referido atleta, tentaram acessar os camarotes que não eram os destinados ao Fluminense, mas a de outro cessionário. Tão logo a equipe operacional do estádio tomou conhecimento da situação, transferiu os familiares do referido do atleta para os camarotes destinados ao Fluminense (diretoria), onde poderiam acessar normalmente com a camisa do seu clube e em segurança. Não há motivos para qualquer exageros nessa notícia, apenas as regras do estádio foram cumpridas, sem distinção a quem.

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