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Durante todo o ano de 2023, o ex-jogador Casagrande manteve uma crença constante: o Botafogo se consagraria como o campeão brasileiro. Contudo, as expectativas se desfizeram no ar da reta final do torneio, quando o time acabou terminando na quinta posição. Para Casagrande, a explicação para esse desfecho reside na presença de uma certa "soberba" que permeou o elenco alvinegro.

Em suas palavras, Casagrande expressou sua consternação: "Existem coisas que só acontecem com o Botafogo." Essa frase, quase um lema do time da Estrela Solitária, ganhou uma nova dimensão neste ano. O desempenho arrasador do primeiro turno, onde conquistaram todas as partidas em seu estádio Nilton Santos, foi seguido por um segundo turno catastrófico, algo jamais testemunhado. O ex-jogador reiterou suas previsões anteriores, ressaltando que via o Botafogo como o campeão incontestável, mas ironicamente, a equipe acabou por se derrotar a si mesma.

Casagrande fala sobre a saída de Luis Castro do Botafogo

Em sua coluna no "UOL", Casagrande apontou a saída de Luís Castro e a escolha do elenco por Lucio Flavio no lugar de Bruno Lage como momentos cruciais na trajetória do time. Ele relembrou o momento em que os jogadores influenciaram na escolha do treinador, expressando que tal atitude carregava consigo uma responsabilidade imensa, a qual deveria ser respaldada no campo de jogo. No entanto, segundo Casagrande, essa responsabilidade não foi assumida por diversas razões, sendo a soberba um dos principais obstáculos.

"Se analisarmos como terminou o campeonato, fica claro que, em vez de sucumbir diante do Palmeiras e do Grêmio, se tivessem empatado e vencido apenas uma partida, teriam conquistado o título brasileiro, mesmo com o péssimo desempenho do segundo turno", declarou Casagrande.

Ele ressaltou a facilidade que o Botafogo teve para ganhar o campeonato, contrastando com a tragédia de sua derrota, considerada a mais desastrosa na história do Campeonato Brasileiro desde sua criação em 1971. A equipe perdeu não apenas a força técnica e tática, mas também a essência do futebol coletivo, elemento crucial em seu sucesso anterior. Casagrande acredita que o êxito precoce gerou uma falsa sensação de segurança em alguns jogadores, levando-os a perder o foco e acreditar que o título viria de forma natural, sem a necessidade de um esforço contínuo.

Diante desse contexto, o medo protetivo surgiu tarde demais, quando a equipe já estava imersa em uma crise que os levou à perda do título almejado. A falta de concentração e comprometimento no momento crucial do campeonato se revelou fatal para as aspirações do Botafogo em 2023.

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