Ex-técnico do Botafogo alega quebra de acordo com promessa de vaga em clubes da Eagle Football
O mundo do futebol é cheio de promessas, negociações e bastidores agitados. E, às vezes, essas histórias saem do campo e vão parar nos tribunais. É o caso do técnico Bruno Lage, que comandou o Botafogo em 2023. Ele está processando John Textor, dono da SAF do clube carioca e também da Eagle Football, na Suprema Corte do Reino Unido.
A acusação? Quebrar um suposto contrato que garantiria ao treinador português uma vaga em um dos clubes do grupo após sua passagem pelo time brasileiro. O valor do processo impressiona: cerca de 6 milhões de libras (R$ 46 milhões). Mas afinal, o que aconteceu? Vamos te explicar tudo de forma simples e direta.
Quem é Bruno Lage e qual sua ligação com o Botafogo?
Bruno Lage é um treinador português conhecido por seu trabalho no Benfica e no Wolverhampton, da Inglaterra. Em 2023, ele chegou ao Brasil para comandar o Botafogo, clube que viveu altos e baixos no Campeonato Brasileiro naquele ano.
Apesar de ter assumido o time em uma fase promissora, o desempenho caiu, e ele acabou saindo de forma polêmica. Sua passagem foi curta, mas suficiente para gerar um grande conflito com o empresário John Textor, dono da SAF do Botafogo e da empresa Eagle Football, que também controla clubes como Lyon (França) e Crystal Palace (Inglaterra).
O que motivou o processo de Bruno Lage contra John Textor?
Promessa de nova vaga após o Botafogo
Segundo o jornal britânico The Telegraph, Bruno Lage entrou com uma ação judicial contra Textor alegando que houve um acordo verbal e depois documentado que garantia a ele uma vaga como técnico do Crystal Palace ou do Lyon, após sair do Botafogo.
O contrato cobriria o período de 1º de janeiro a 15 de abril de 2024. Nesse intervalo, o treinador teria que aguardar uma possível oferta para assumir um dos dois clubes da Eagle Football.
Mas isso não aconteceu.
Nomeações frustradas
Enquanto esperava a promessa ser cumprida, Bruno Lage viu os dois clubes seguirem outros caminhos:
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Em fevereiro de 2024, o Crystal Palace anunciou Oliver Glasner como novo técnico;
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Em julho de 2023, o Lyon escolheu Pierre Sage para comandar o time.
Assim, Lage ficou sem espaço nos dois clubes — mesmo alegando que havia cumprido um “período de restrição” no qual não poderia assinar com nenhuma outra equipe.
Quanto Bruno Lage está pedindo na Justiça?
De acordo com o processo, o treinador cobra 6 milhões de libras, o equivalente a R$ 46 milhões na cotação atual. O valor inclui:
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Um contrato prometido de 2 anos;
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Salários totais de cerca de US$ 3,6 milhões por ano (R$ 21 milhões), livres de impostos, para ele e sua comissão técnica.
Mesmo sem ter sido contratado, Lage afirma que teria direito ao pagamento total, já que os clubes não cumpriram o acordo até o fim de abril de 2024.
O que diz John Textor e a Eagle Football?
A Eagle Football confirmou que foi notificada sobre o processo. No entanto, a empresa nega qualquer obrigação contratual e disse que vai se defender com firmeza na Justiça britânica.
Em comunicado oficial, a holding classificou a atitude do técnico como “curiosa”. Segundo eles, Bruno Lage não foi demitido, mas pediu demissão após uma coletiva de imprensa, logo depois de uma partida do Botafogo contra o Flamengo.
A Eagle ainda disse que:
“A abdicação da sua posição foi uma clara violação do acordo.”
Mesmo assim, a empresa afirmou que está aberta ao diálogo para tentar resolver a disputa fora dos tribunais.
Como foi a saída de Bruno Lage do Botafogo?
Bruno Lage saiu do Botafogo em meio a uma fase turbulenta. O time, que liderava o Campeonato Brasileiro por boa parte do ano, começou a cair de produção.
Após um empate contra o Flamengo em um jogo muito tenso, Lage surpreendeu a todos ao anunciar, ao vivo, que estava deixando o comando técnico do clube. A atitude pegou diretoria, torcida e até os jogadores de surpresa.
Esse gesto é usado agora pela Eagle Football como argumento de que ele não teria cumprido os termos acordados no contrato.
Quais os próximos passos do caso?
Processo segue na Justiça britânica
A ação corre na Suprema Corte do Reino Unido, uma das mais altas instâncias judiciais do país. Ainda não há data para julgamento, e tanto Lage quanto a Eagle Football terão a chance de apresentar suas versões.
O caso deve se arrastar por alguns meses, e pode até ser resolvido com um acordo extrajudicial, se ambas as partes aceitarem negociar.
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