CBF mantém jogo do Botafogo contra o Athletico-PR no domingo, sem torcida, apesar de insatisfação do clube

No último sábado, uma situação inusitada ocorreu no Estádio Nilton Santos durante a partida entre Botafogo e Athletico-PR. O jogo, que estava em andamento, foi abruptamente interrompido devido a um apagão elétrico, com o placar em 1 a 1, aos seis minutos do segundo tempo. O que se seguiu, no entanto, foi uma série de decisões e desdobramentos que deixaram o Botafogo e seus torcedores insatisfeitos.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), responsável pela organização do Campeonato Brasileiro, optou por marcar a continuação da partida para o domingo, às 15h, com uma condição peculiar: a ausência de público. Essa decisão, de acordo com o Regulamento Geral de Competições da CBF, impõe que os torcedores teriam direito a comparecer ao jogo desde que apresentassem o comprovante da compra do ingresso do jogo interrompido. No entanto, o clube carioca se viu impossibilitado de permitir a entrada de sua torcida no estádio, uma vez que no mesmo domingo ocorreria o clássico entre Flamengo e Vasco no Maracanã.

O Botafogo alega que sua única saída para evitar que o jogo contra o Athletico-PR ocorresse no domingo, sem público, seria se os torcedores se sentissem lesados o suficiente para entrar com ações judiciais e buscar a suspensão da partida. Contudo, até o momento, essa medida não foi tomada, e a partida segue programada.

Botafogo sai prejudicado

O descontentamento do Botafogo com essa situação é compreensível. Primeiramente, o clube se viu privado de sua torcida em um jogo que prometia casa cheia, o que contraria até mesmo o regulamento da CBF que previa a presença dos torcedores. A questão do clássico entre Flamengo e Vasco, marcado para o mesmo dia, cria uma situação de injustiça para o Botafogo, que não tem culpa das circunstâncias envolvendo outros jogos.

Além disso, a mudança na data da partida contra o Fortaleza também gera complicações. Originalmente agendado para terça-feira, o jogo sofreu adiamento devido à participação do Fortaleza na final da Copa Sul-Americana. O Botafogo deveria enfrentar um time reserva, mas a alteração das datas causou transtornos para os torcedores que já haviam adquirido passagens, hospedagem e ingressos, que agora se encontram esgotados para a torcida visitante.

Um terceiro ponto a se considerar é a possibilidade de o jogo contra o Fortaleza ser remarcado para a data FIFA em novembro. Isso levanta preocupações para o Botafogo, que pode perder seus jogadores selecionáveis, como Lucas Perri e Adryelson, para as seleções nacionais, prejudicando sua performance na partida.

Diante desses desafios e insatisfações, a diretoria do Botafogo já orientou seus jogadores a se prepararem para a continuidade da partida contra o Athletico-PR no domingo, sem a presença de sua torcida. A situação evidencia a complexidade de se tomar decisões em meio a um calendário apertado e imprevistos no futebol brasileiro, destacando a necessidade de se repensar as políticas de reagendamento de jogos e a proteção dos interesses dos clubes e torcedores.

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