Na última quarta-feira, a expectativa era alta entre a torcida do Botafogo que preenchia cada canto do Estádio Nilton Santos, mas o que se viu foi um espetáculo desolador. O alvinegro iniciou sua jornada na fase de grupos da Copa Libertadores de forma desastrosa, sofrendo uma derrota por 3 a 1 para o Junior Barranquilla. Este revés colocou o Botafogo como lanterna do Grupo D, especialmente amargo devido ao saldo de gols.

O Pesadelo Sob o Comando Temporário

Sob a direção interina de Fabio Matias, o Botafogo viu sua primeira derrota, marcando possivelmente a última aparição do técnico à frente do time. Com olhos voltados para o futuro, Artur Jorge, o novo técnico, observou a partida das tribunas, antecipando sua estreia oficial na próxima semana contra a LDU em Quito.

Primeiro Tempo: Uma Sequência de Desventuras

O Início do Caos

O desastre começou cedo, com um pênalti controverso marcado contra o Botafogo, convertido por Bacca aos 12 minutos. Apesar dos esforços para atacar, o time carioca deixou aberturas alarmantes, que foram prontamente exploradas pelo Junior Barranquilla, ampliando a vantagem para 2 a 0 após uma rápida contra-ataque. Antes do intervalo, a situação se deteriorou ainda mais, com Bacca marcando o terceiro gol, mergulhando o Estádio Nilton Santos em vaias.

Um Raio de Esperança

Porém, pouco antes do fim do primeiro tempo, o Botafogo conseguiu um gol de consolação, trazendo um fio de esperança à torcida. A equipe voltou do intervalo com substituições, mas encontrou um adversário ainda mais fechado, com o jogo terminando em desapontamento.

Avaliação Individual: Notas e Análises dos Jogadores do Botafogo 

Após uma noite difícil para o Botafogo, avaliamos individualmente o desempenho dos jogadores na partida contra o Junior Barranquilla. Com notas que refletem o impacto de cada um no jogo, aqui está o olhar detalhado sobre como cada atleta se saiu nesta partida desafiadora.

Goleiros e Defensores

• Gatito Fernández (5,0): Apesar dos três gols sofridos, não teve culpa direta em nenhum deles e pouco pôde fazer para evitar o resultado adverso.
• Mateo Ponte (3,0): Problemas na marcação e ineficaz no apoio ofensivo. Saiu de campo sob vaias, refletindo uma atuação abaixo do esperado.
• Lucas Halter (3,5): Cometeu erros significativos, especialmente no terceiro gol. Demonstrou insegurança em momentos cruciais.
• Alexander Barboza (5,0): O menos pior na linha defensiva, ainda assim, não foi suficiente para evitar a derrota. Teve alguns momentos de clareza.

Meio-Campistas

• Hugo (4,0): Comprometeu com um pênalti discutível e deixou espaços defensivos. Apesar disso, marcou o único gol do Botafogo, sendo um dos poucos destaques positivos.
• Gregore (4,5): Teve presença na marcação, mas contribuiu pouco na criação de jogadas. Performance que deixou a desejar.
• Marlon Freitas (5,5): Um dos mais lúcidos em campo, tentou organizar o jogo e criou algumas jogadas, mas faltou companhia para ser mais efetivo.
• Eduardo (3,0): Praticamente invisível em campo. Não ajudou na marcação nem no ataque, com um erro crítico que precedeu um dos gols adversários.

Atacantes

• Júnior Santos (5,0): Esforçado, mas sem inspiração. Teve dificuldades para penetrar na defesa adversária e concluir em gol.
• Savarino (3,5): Outra atuação que deixou a desejar. Pouco efetivo no ataque e com dificuldades na recomposição defensiva.
• Tiquinho Soares (5,5): Um dos poucos que tentou algo diferente. Contribuiu com uma assistência e tentou organizar o ataque.

Substituições

• Tchê Tchê (5,5): Entrou trazendo mais dinâmica para o meio-campo, tentou algumas jogadas, mas não conseguiu alterar o curso do jogo.
• Luiz Henrique (5,0): Movimentou-se bastante, porém sem efetividade. Não conseguiu criar oportunidades claras de gol.
• Jeffinho (5,0): Apresentou alguns lampejos de qualidade, mas apareceu pouco. Não foi o elemento surpresa que o time precisava.

Comando Técnico

• Fabio Matias (4,5): Sua provável última partida no comando técnico do Botafogo foi marcada por escolhas questionáveis e pela incapacidade de reverter um cenário adverso.

FICHA TÉCNICA BOTAFOGO 1 X 3 JUNIOR BARRANQUILLA

• Estádio: Nilton Santos
• Data-Hora: 3/4/2024 – 19h
• Árbitro: Cristián Garay (CHI)
• Assistentes: José Retamal (CHI) e Miguel Rocha (CHI)
• VAR: Juan Lara (CHI)
• Renda e público: R$ 1.542.427,50 / 35.513 pagantes / 39.039 presentes
• Cartões amarelos: Tiquinho Soares, Júnior Santos e Tchê Tchê (BOT); Pacheco, Ceballos e Albornoz (JUN)
• Cartões vermelhos: –
• Gols: Bacca 12’/1ºT (0-1), Fuentes 27’/1ºT (0-2), Bacca 40’/1ºT (0-3), Hugo 42’/1ºT (1-3)

BOTAFOGO: Gatito Fernández; Mateo Ponte (Rafael 33’/2ºT), Lucas Halter, Alexander Barboza e Hugo; Gregore (Tchê Tchê – Intervalo), Marlon Freitas (Óscar Romero 39’/2ºT) e Eduardo (Jeffinho 20’/2ºT); Júnior Santos, Tiquinho Soares e Savarino (Luiz Henrique – Intervalo) – Técnico: Fabio Matias.

JUNIOR BARRANQUILLA: Mele; Fuentes, Peña, Ceballos e Pacheco; Didier Moreno, Cantillo (Bocanegra 35’/2ºT) e Chará (Homer Martínez 35’/2ºT); Deibér Caicedo (Edwin Herrera 42’/2ºT), Carlos Bacca (Marco Pérez 25’/2ºT) e Enamorado (Albornoz 25’/2ºT) – Técnico: Arturo Reyes.

O Futuro do Botafogo na Libertadores

Com a estreia de Artur Jorge no horizonte, o Botafogo tem um caminho árduo pela frente na Libertadores e no Campeonato Brasileiro. A derrota deixou muitas perguntas sem resposta, especialmente sobre as escolhas de formação e a performance de jogadores chave, que não conseguiram deixar sua marca.

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