Empate com o Atlético-MG deixa Glorioso o Palmeiras na cola pela liderança do Brasileirão.
A briga pelo título do Campeonato Brasileiro está mais acirrada do que nunca! O Botafogo, que vinha liderando com tranquilidade, tropeçou mais uma vez diante de um adversário fechado. Desta vez, o empate sem gols com o Atlético-MG em Belo Horizonte deixou os torcedores alvinegros atentos. Com esse resultado, o Palmeiras se aproxima na tabela e coloca fogo na disputa pela taça.
O Botafogo e a dificuldade de vencer equipes retrancadas
O Botafogo vem enfrentando dificuldades para superar equipes que se fecham em campo. Em jogos recentes, o time carioca já havia empatado com Grêmio, Criciúma e Cuiabá. Contra o Atlético-MG, a história se repetiu. Mesmo com a posse de bola e criando algumas chances de gol, o Glorioso não conseguiu furar a retranca adversária.
O técnico Artur Jorge tentou explicar o desempenho da equipe, mas reconheceu que a falta de gols tem sido um problema. “Nosso time teve superioridade em campo, mas o futebol é assim, às vezes a bola não quer entrar”, disse o treinador.
Não, não, não. Eu sei que nós, Botafogo, vamos ter sempre muitos adversários e que nos vão avaliar em todos os contextos, e hoje será por ansiedade, outra por nervosismo, outra por incompetência. Não, vamos pôr as coisas de forma muito serena, porque nós, Botafogo, sabemos muito bem aquilo que estamos a fazer e o caminho. Tenho uma leitura muito boa naquilo que fala, porque a verdade é que nós, tendo em conta aquilo que fomos tentando criar, nós também temos que valorizar o fato de termos tido em muitos momentos uma linha de nove homens atrás da linha da bola, muito próximos dentro da sua grande área, nós tivemos uma linha de nove homens dentro da sua grande área, dentro daquilo que era a meia-lua e o início da grande área, e isso dificulta as ações. Nós tínhamos sete homens, oito homens, muitas vezes, em inferioridade, porque não podíamos perder aquilo que era o controle do momento defensivo, mas fomos tentando, e é o papel que compete a mim também, e tentando meter energia nova em jogadores diferentes, tentando fazer algumas alterações para tentar criar situações diversas e diferentes para tentar encontrar o melhor caminho. Se há alguma coisa que eu possa dizer que me faltou a mim foi ter mais bola na área.
Acho que poderíamos ter tido a quantidade de vezes que chegamos ao último terço, tivemos alguma, não digo incapacidade, mas não fizemos tantas vezes quantas aquelas que eu queria, que era bola na área porque nós tínhamos muita gente na área. Tivemos o Tiquinho e o Júnior, depois tivemos o Igor e o Júnior, tivemos o Matheus à esquerda, tivemos o Jeffinho à direita, tivemos o Jeffinho ainda simultaneamente com o Luiz, tivemos muita gente na frente, mas faltou-nos de fato dentro daquilo que foi e o que fomos criando. Faltou conseguir ultrapassar uma barreira que esteve muito compacta com muitos homens e com uma exclusiva preocupação de defender aquilo que era o ponto que tinham naquele momento.
Fomos mais capazes de termos mais bola. E estou a falar daquilo que era a primeira metade, onde nós tivemos 11 contra 11, acabamos por ter mais bola, acabamos por ter mais oportunidades. Estamos a esquecer de falar um bocadinho de futebol, daquilo que foram oportunidades criadas. Nós tivemos algumas oportunidades para poder finalizar. Teria sido muito diferente se alguma dessas oportunidades criadas tivesse sido concretizada. A verdade é que isso não aconteceu, mas tivemos um Atlético que permitimos ter, principalmente na primeira metade, quando estávamos em igualdade, sabendo que a forma e aquilo que era a sua postura em campo não se alterou, tendo em conta aquilo que foi a nossa preparação também para enfrentar este Atlético.
Palmeiras aproveita a oportunidade e encosta no Botafogo
Enquanto o Botafogo patina, o Palmeiras segue firme na busca pelo título. Com a vitória sobre o Bahia, o time paulista diminuiu a diferença para o líder e colocou pressão na equipe carioca. O técnico Abel Ferreira destacou a força do Campeonato Brasileiro e a qualidade das equipes.
Hoje tínhamos não só o Bahia, que vinha de cinco jogos sem ganhar, a precisar de ganhar, com a mesma pressão que tem o Palmeiras, de ter que ganhar todos os jogos, porque não depende dele, com o calor do jogo, o gramado, na minha opinião, não é dos melhores. Tivemos equilíbrio, tivemos resiliência, que é a imagem de marca desta equipa, fomos capazes de lidar com todas as adversidades durante o jogo, e a verdade é que se houve jogos em que nós não tivemos tanta eficácia, e não foi um, nem dois, nem três, nem quatro, e houve jogos também em que nós devemos ser das equipes com mais gols anulados pelo VAR. A verdade é que hoje fomos extremamente eficazes, soubemos lidar e ser resilientes em momentos adversos do jogo, nomeadamente quando sofremos o gol. Nesta reta final o que conta para nós é ganhar, isso é o mais importante, sendo que, como vocês sabem, nós não dependemos de nós, nós estamos a fazer uma campanha melhor que o ano passado, mas como vocês sabem, o Botafogo está a fazer uma campanha brilhante, e nós temos que continuar a fazer o nosso.
Eu penso que nós não jogamos sozinhos. Vocês sabem que o nosso adversário também tem inspirações de poder entrar na Libertadores. E jogou com tudo, e jogou bem.
Obrigou-nos a defender, porque nós não jogámos sozinhos. E vocês sabem o quanto difícil é que jogar e competir no Brasil. E por falar nisso, eu lembro-me, ano passado, a esta rodada, eu até apontei, tínhamos a lutar pelo título. Palmeiras, Botafogo, Bragantino, Atlético, Flamengo e Grêmio. A quatro jornadas do fim, tínhamos seis equipas a lutar pelo título. Onde é que vocês veem isto? Onde é que vocês veem isto, noutro campeonato? Não veem em lado nenhum isto. Chegar a quatro jornadas do fim, ter seis, por muito que vocês gostem de dizer não, é o Palmeiras, o Flamengo, o Botafogo. Não, vocês veem que cada vez está mais difícil. Vocês veem as equipas a investir como nunca. E nós temos que acompanhar, sermos mais resilientes, não vivermos à sombra daquilo que nós já conquistamos, continuar com a nossa identidade, arranjar estratégias e manter este espírito. Como se fosse a primeira vez. Cada jogo é como se fosse a primeira vez.E vir jogar aqui contra o Bahia, vocês sabem quão difícil é aqui. Quão difícil. E tivemos felicidade no jogo que também faz parte. Aquela que se calhar não tivemos, ou eficácia que não tivemos no último jogo, acabamos por ter nesta. Mas é verdade que hoje foi a vitória do suor. Foi a vitória da atitude, foi a vitória do espírito.
Às vezes é com a nota artística, mas nem sempre dá para ter nota artística. E quando não dá para ter nota artística, temos que ganhar. Porque, no final de contas, o que conta é ganhar. Ponto. Por muito que a gente queira aflorar, mas o que conta é ganhar. E nós hoje viemos aí com este propósito, é dar os parabéns aos nossos jogadores, porque de fato, foram bravos, lutaram, sofreram, aproveitaram o momento certo. Se formos um gol, mantemos o equilíbrio e temos a capacidade de ir atrás do gol.]
A reta final do campeonato promete fortes emoções
Com o campeonato chegando à reta final, a disputa pelo título promete ser emocionante. Botafogo e Palmeiras estão separados por apenas dois pontos, e qualquer tropeço pode ser fatal. Além dos dois principais candidatos, outras equipes como Flamengo e Internacional ainda sonham com o título.
Os próximos jogos serão decisivos para definir o futuro dos times na competição. Botafogo e Palmeiras terão confrontos diretos pela frente, o que pode definir o rumo do campeonato.