A proposta de John Textor de retirar a pista de atletismo enfrenta resistência devido à situação do Célio de Barros no Maracanã

Recentemente, uma proposta ousada surgiu nos bastidores do Botafogo: retirar a pista de atletismo do Estádio Nilton Santos para aproximar a arquibancada do campo, criando uma atmosfera mais intimista e vibrante para os torcedores. Contudo, essa ideia, defendida por John Textor, um dos investidores do clube, enfrenta um grande obstáculo político. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, se posicionou firmemente contra a destruição da pista de atletismo do estádio.

O Impasse Político

No último sábado, Eduardo Paes declarou que não autorizará a remoção da pista de atletismo enquanto o tradicional Célio de Barros, localizado ao lado do Maracanã e administrado pelo governo, não estiver em funcionamento. O prefeito enfatizou a importância histórica da pista e a necessidade de uma alternativa viável para a comunidade do atletismo do Rio de Janeiro.

A Importância do Célio de Barros

Paes destacou que o Célio de Barros sempre foi um símbolo do atletismo carioca, sendo um dos principais centros de treinamento e competições. A falta de funcionamento do espaço tem sido uma preocupação constante para os atletas e entusiastas do esporte. "O Rio sempre teve uma pista de atletismo super tradicional, o Célio de Barros, ao lado do Maracanã. É uma pena que não tenha voltado ainda. Para poder discutir alternativa para o Engenhão, precisamos ter pista de atletismo no Rio", argumentou o prefeito.

A Visão de John Textor sobre o Nilton Santos

Apesar dos desafios, John Textor continua determinado a transformar o Estádio Nilton Santos. Ele acredita que aproximar a arquibancada do campo melhorará significativamente a experiência dos torcedores e criará um ambiente mais hostil para os adversários. "Aqui tem todo histórico, foi o atletismo das Olimpíadas de 2016, mas dá para ter o simbolismo guardado e melhorar. Acho melhor também, a distância em estádio de atletismo acaba sendo muito ruim", disse Paes, alinhando-se, em parte, com a visão de Textor.

A Comparação com São Januário

Eduardo Paes, um conhecido torcedor do Vasco, mencionou a importância da proximidade entre torcida e campo em estádios como São Januário. "Eu, como vascaíno, sei o que isso importa para o jogo que o Vasco joga em São Januário, um caldeirão com a torcida em cima. Portanto, sou favorável", afirmou. No entanto, ele ressaltou que é necessário encontrar uma solução para o Célio de Barros antes de avançar com qualquer mudança no Estádio Nilton Santos.

O Caminho à Frente

O prefeito revelou que já se reuniu com o presidente do Botafogo e executivos da SAF, administrada por John Textor, para discutir o assunto. Ele destacou a importância de continuar investindo no clube e na cidade, mas sem negligenciar as necessidades do atletismo. "Fico vendo ele volta e meia dando notícias, acho que especula muito. Seja bem-vindo, John Textor, continue investindo no Fogão, traga divisas para o Rio, sua visão sobre economia do futebol é importante. Precisamos de solução para o Célio de Barros que não é da Prefeitura, é do Governo, estou disposto a ajudar", completou Paes.

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