Detalhes do novo acordo no RCE e os passos do Glorioso para sanar suas obrigações financeiras
Na última sexta-feira, o Botafogo alcançou um marco significativo ao obter a homologação de um novo acordo no Regime Centralizado de Expedições Trabalhistas (RCE) junto a antigos credores. Este passo crucial delineia um caminho para o clube carioca se reerguer financeiramente, projetando quitar todas as suas dívidas trabalhistas em um prazo de 10 anos. Porém, como se desenrolará esse compromisso e quais são os termos que o permeiam?
Segundo informações divulgadas pelo site “ge”, o Botafogo tem até o dia 30 de novembro para realizar um depósito inicial de R$ 3 milhões, sob o risco de uma multa de 20% em caso de atraso nessa primeira parcela. Este valor, parte de um montante total a ser desembolsado, será segmentado em pagamentos mensais de R$ 1.175.000,00 a partir de setembro de 2023. É relevante salientar que haverá um reajuste periódico, alinhado com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, acrescido de 6%. No somatório das 120 parcelas, o valor alcançará a expressiva quantia de R$ 144 milhões.
Contudo, o Botafogo terá uma margem de tolerância de 30 dias para realizar esses pagamentos mensais. Ultrapassando esse prazo, a penalidade se acentua, atingindo 20% sobre o valor, podendo chegar a 50% caso o atraso se estenda por mais de 60 dias. Vale ressaltar que, se o pagamento não for efetuado após um período de 90 dias, o acordo será rescindido.
Além das parcelas mensais, o acordo estipula que o clube associativo e a SAF (Sociedade Anônima de Futebol) deverão fazer um aporte anual mínimo de 15% sobre o valor total até o mês de setembro de cada ano, a partir de 2024.
Um ponto crucial nesse acordo é o compromisso dos credores em desistir de todos os recursos jurídicos previamente incluídos na lista do RCE. Em contrapartida, caso o Botafogo recorra à Recuperação Judicial ou Extrajudicial, os valores que constavam no RCE no momento do pedido terão um acréscimo de 100%.
Até o ano de 2021, o clube acumulava uma dívida expressiva de R$ 137,6 milhões em ações trabalhistas, um fardo considerável que a nova gestão busca sanar de forma gradual e planejada.
Este acordo representa não apenas um alívio nas obrigações financeiras do Botafogo, mas também um compromisso estratégico para reverter um quadro de dificuldades econômicas que assolam o clube há anos. A transparência e a estruturação desses pagamentos delineiam um futuro mais estável e promissor para a instituição, permitindo um foco renovado no desenvolvimento esportivo e administrativo.
Esse passo em direção à estabilidade financeira pode não apenas acalmar os ânimos dos torcedores, mas também estabelecer um precedente para um modelo mais sustentável de gestão dentro do cenário esportivo brasileiro. Resta agora acompanhar de perto a implementação desse acordo e seus desdobramentos ao longo dos próximos anos, na esperança de ver o Botafogo reerguer-se como um protagonista não apenas nos gramados, mas também nas finanças do futebol nacional.
Botafogo Hoje
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