André Mazzuco, diretor executivo de futebol do Botafogo, mandou um recado para a torcida do Botafogo após a derrota do clube para a Portuguesa, na noite desta quarta-feira (08). Ele falou sobre os débitos com o elenco profissional do Glorioso, sobre Luís Castro e a projeção para o resto da temporada.

Em entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0 para a Portuguesa, André Mazzuco também comentou sobre a frustração entre todos os envolvidos com o futebol do clube e que John Textor também está bem chateado.

Trechos da coletiva de André Mazzuco

Abaixo, veja trechos da coletiva de André Mazzuco que separamos para você.

Débitos com atletas

"O clube não tem débito com os jogadores, te afirmo isso categoricamente".

Situação de Victor Cuesta

"Cuesta é uma questão de mercado. É uma situação que aconteceu. Cuesta é um cara muito importante para nós, é um jogador chave e ele sabe da importância que tem para o clube. Nessas horas não é só uma questão financeira, são muitos fatores envolvidos para o jogador querer ficar ou sair. Estamos muito felizes com o Cuesta e ele está muito feliz com o clube".

Luis Castro fica?

" A gente conversou muito sobre isso. Realmente foi uma ruptura aquele jogo contra o Vasco, se a gente soubesse a solução, já teríamos resolvido. A gente não tem performado, vemos a equipe cometendo erros técnicos que não são normais, estamos em busca da retomada da confiança novamente, notamos que há uma apreensão e um clima mais pesado. É um momento que precisamos ser resiliente. É uma avaliação de trabalho constante, vem do John, minha, do Luís... Futebol precisa entregar resultado. A reavaliação é sempre feita, e hoje o clube conta com profissionais de altíssimo nível, falando do próprio Castro . Hoje o clube conta com profissionais de altíssimo nível. Nós sabemos nos avaliar. Se entendermos que em algum momento do processo precisa haver uma modificação, não falo do treinador, mas do processo… A reavaliação é constante. Quando há uma frustração por uma meta não atingida, tem que se refletir sobre isso. Precisamos ter sempre decisões técnicas, não se pode ir na emoção. Precisamos entender o que está acontecendo nesse momento e se vamos ter as ferramentas e soluções. Somos privilegiados de contar com grandes profissionais, o Castro é um profissional de altíssimo nível. No ano passado tivemos um momento difícil e que retomamos. Quando buscamos soluções e as coisas não acontecem, aí reavaliamos. É uma primeira frustração. Vamos reavaliar e buscar soluções".

Avaliação do trabalho

"Houve uma ruptura a partir do jogo do Vasco. Hoje cometemos erros técnicos que não são erros normais, são erros básicos, notamos que há um clima de apreensão. O futebol te provoca isso, acontece com o Botafogo e vai acontecer com outras equipes. A avaliação do trabalho é constante, do John, minha, do Luís, de quem quer que seja. Precisamos entregar resultados. E o John está sempre presente nas discussões".

Desculpas para torcida

"É um dever eu estar aqui para primeiramente pedir desculpas aos nossos torcedores que estão nessa jornada desde que a gente iniciou. É um momento muito frustante para nós porque destoa do que imaginávamos para esse Carioca. É um sentimento dos atletas, diretoria, comissão técnica do John (Textor)... Precisamos refletir porque não está bom e temos que continuar trabalhando para sair dessa situação".

Vem reforços?

"Criam-se alguns rótulos e expectativas pelo ambiente que vivemos. Vieram alguns reforços, às vezes se apegam ao número... É claro que o desejo é que venham seis grandes jogadores e é um objetivo do Botafogo que esse crescimento seja gradativo. Estamos sim trabalhando dentro do possível para ter uma responsabilidade dentro do clube se equilibrar. Não adianta que a gente foque apenas em reforço, o clube precisa se solidificar. É claro que a gente precisa de um time para manter os nossos objetivos, ano passado tínhamos metas, finalizamos até com uma possibilidade (de Libertadores), e não conseguimos. Sendo muito honesto, passamos por um ano de reestruturação. O clube passa por dificuldades, e o John está totalmente a par. Quer sempre o ideal, mas quando você não tem isso você busca o que pode. Mas isso não justifica, temos bons jogadores, comissão técnica... Deveríamos ter entregado mais e buscar melhores soluções para o clube".