A despedida do diretor de futebol e os próximos passos para a equipe alvinegra

No último domingo, o Botafogo e o mundo do futebol brasileiro presenciaram o encerramento de um ciclo significativo: Mário André Mazzuco anunciou sua saída do cargo de diretor de futebol do clube. Após um período repleto de desafios e conquistas, Mazzuco decidiu deixar a posição por razões pessoais, marcando o fim de sua jornada no time alvinegro na partida contra o Sampaio Corrêa, válida pela semifinal da Taça Rio-2024.

A contribuição de Mazzuco ao Botafogo

Desde sua chegada, como o primeiro funcionário do departamento de futebol contratado sob a gestão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) liderada por John Textor, Mazzuco desempenhou um papel crucial na reestruturação e no fortalecimento dos processos internos do clube. Sua atuação foi fundamental para os avanços significativos alcançados pelo Botafogo, tanto dentro quanto fora dos campos, culminando na classificação da equipe para a fase de grupos da Conmebol Libertadores.

André foi o primeiro funcionário contratado para viver o sonho de transformar o Botafogo. Foram dois anos intensos de uma história de amor e envolvimento com o Clube, de crescimento e estruturação. Um grande parceiro, conselheiro para grandes decisões e amigo que segue para um novo desafio por um motivo de saúde na família. Agradeço você, André, por ajudar a elevar o Botafogo a outro nível.

Os próximos passos para o Botafogo

Com a saída de Mazzuco, o Botafogo enfrenta o desafio de manter a estabilidade e o crescimento alcançados durante sua gestão. Atualmente, as decisões do Departamento de Futebol estão centralizadas nas mãos de John Textor, Thairo Arruda e Alessandro Brito, que têm a difícil tarefa de conduzir o clube neste novo capítulo.

Mazzuco: entre gratidão e novos horizontes

Em seu discurso de despedida, Mazzuco expressou profunda gratidão ao clube, a John Textor e a toda equipe com quem trabalhou. Agradeceu especialmente pela confiança e pelo apoio recebido, destacando o papel do Botafogo em sua carreira e vida pessoal. Sua partida, motivada por questões familiares, o leva de volta à sua cidade natal, Curitiba, onde assumirá um novo desafio profissional no Athletico-PR.

Quero primeiro reforçar o privilégio de ser uma das pessoas que teve a oportunidade de liderar o Botafogo, um clube histórico, maravilhoso, um clube que só quem viveu, por exemplo, o que vivi de dois anos intensos sabe o quão importante é para a minha carreira. Quero expressar toda minha gratidão ao John, um cara especial, acima da curva, que confiou no meu trabalho, confiou a mim iniciar esse sonho, esse projeto como a primeira SAF da Série A do Brasileiro, recebi esse presente dele.

É um clube que, quando chegamos, tinha esperança, mas as pessoas que se juntaram a nós tinha confiança de que as coisas iriam acontecer. E falo com muito orgulho que conseguimos fazer isso. Fui privilegiado de poder trazer um irmão que o futebol me deu, que é o Alessandro Brito, um cara espetacular, que tem uma família maravilhosa, que topou vir junto comigo, e sem ele nada aconteceria da forma que aconteceu. Tivemos uma sintonia que é difícil de ter. O Alê é meu grande irmão no futebol. Obrigado do fundo do coração.

Um legado de amor e dedicação

A história de Mazzuco no Botafogo é marcada por amor, dedicação e um profundo comprometimento com o sucesso do clube. Ele deixa um legado de transformação e avanços significativos, reforçando a imagem do Botafogo como uma equipe competitiva e pronta para alcançar novas conquistas. Sua passagem pelo clube será lembrada não apenas pelos resultados obtidos, mas também pelo espírito de união e pela paixão com que conduziu seu trabalho.

O Botafogo está em ótimas mãos, é um projeto que está consolidado, da forma que ele é. Queremos sempre que o clube não dependa das pessoas, e o Botafogo depende de pessoas boas e competentes para tocar aquilo que o Botafogo se tornou nesse período, um clube maravilhoso de se trabalhar, com pessoas boas e dedicadas que fizeram tudo do melhor. Para que o Botafogo chegasse hoje à fase de grupos da Libertadores, um objetivo que talvez não fosse para tão cedo, mas que conseguiu ser 11º no primeiro ano, 5º no segundo e conquistar tudo que conquistamos, as contratações… Eu falo com muito orgulho que o Botafogo montou um time campeão e que vai brigar mais uma vez por tudo.

Minha gratidão pelo John na minha entrada é a mesma na minha saída, é uma decisão muito particular. Queria agradecer imensamente à minha esposa Aline, que está sempre comigo nessas aventuras, meu filho Vicente. A família sempre tem que estar em primeiro lugar e que bom que a gente consegue conciliar essas aventuras juntos. É um momento que precisávamos tomar uma decisão e fico feliz que o Botafogo está num momento maravilhoso, com o Fabio, que está fazendo um trabalho espetacular. Só tenho a agradecer pela sensibilidade que o John teve na saída. John nunca foi um chefe, foi uma inspiração nesse tempo todo de SAF. E ele continuará sendo, como um amigo, um mentor, um cara visionário, que amo de paixão, porque o que ele fez conosco, com minha família, com cada um de nós, é muito raro no futebol.

Me despeço com muita alegria. Tenho certeza que a torcida do Botafogo é uma torcida muito mais feliz hoje, o Botafogo está em boas mãos, o projeto continua, o Botafogo só vai crescer e vou ser muito feliz com isso onde eu estiver.

Quero agradecer a todo o estafe, quando chegamos em março de 2022 não fizemos nenhum choque de gestão no futebol, mas sim oportunizamos as pessoas que estavam aqui dentro com melhores condições de trabalho, e acho que isso nos fez uma família só. O Botafogo tem que ser um time bom em que as pessoas sejam felizes de estarem aqui. Temos exemplo de atletas que vieram e fora, com mudança de vida que conseguimos proporcionar, Jeffinho, Adryelson, Perri, Victor Sá… São atletas que passaram por aqui e saíram bem. Esse é o Botafogo, tem que ser um time que as pessoas queiram vir para cá.

A ficha ainda não caiu, por isso falo demais, mas quero agradecer a cada um da imprensa, as pessoas que cobrem o Botafogo, sempre temos os arranca-rabos que são normais, que faz parte do trabalho (risos), mas isso é parte do jogo e a convivência sempre foi muito boa. Dizer para o torcedor apoiar sempre, torcer pelo Botafogo, ser feliz com o Botafogo, que vai empurrar o Botafogo para coisas grandes.

Quero lembrar que o Botafogo é um só. O Botafogo é futebol, as pessoas têm que lembrar que o Botafogo é feito para ganhar título no futebol brasileiro e internacional. O Botafogo está no caminho certo. Fico feliz pelo meu período, sou privilegiado nesses dois anos, saio feliz, no futebol sempre queremos que seja um “até logo”, mas agradeço a todos. O Botafogo mudou de nível e desse nível não vai baixar nunca mais.

Faço uma menção honrosa ao Adriano Colares, nosso supervisor, não é fácil estar há 20 e tantos anos no clube, mas é um cara que vive o Botafogo, fica essa singela homenagem. E que seja extensivo a todos. Obrigado, Botafogo. Obrigado, torcedores, por ter feito parte da Estrela Solitária. É isso que vou carregar pela minha vida toda.

O Botafogo, agora, olha para o futuro com otimismo, apoiando-se nas bases sólidas construídas durante a gestão de Mazzuco. Enquanto o clube se prepara para os próximos desafios, a torcida alvinegra mantém a esperança de que o legado deixado por Mazzuco continue a inspirar todos aqueles que fazem parte desta histórica instituição.

Botafogo Hoje

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