Afonsinho, ídolo do Botafogo na década de 1960, pegou um ônibus no Rio de Janeiro rumo à Santos para se despedir de Pelé, em velório e sepultamento ocorrido nesta terça-feira. Afonsinho nos seus 75 anos se emocionou muito na despedida do Rei do Futebol e disse que decidiu ir na última hora para o velório.
Afonsinho se emociona na despedida ao Rei
Em entrevista ao canal ESPN, Afonsinho não segurou a emoção e chorou na frente das câmeras ao falar de Pelé:
– Eu não tive coragem de ver o Pelé doente. Fiquei dias e dias, como todo mundo, suspenso no ar com a situação da doença do Pelé, mas em cima da hora eu vim tocado por essa emoção. Agora também não resisti de dar o último adeus. Ontem (segunda) eu não consegui vir, e à noite na última hora resolvi pegar um ônibus e vir, se não eu ia ficar me incomodando muito tempo – disse Afonsinho à ESPN Brasil, continuando:
– Pelé em termos de imagem é o máximo que se atingiu, especialmente para nós jogadores de futebol, ele valorizou nosso trabalho à expressão mais alta. E, pessoalmente, a coisa que marcou mais fora do campo a atuação do Pelé, como ministro do Esporte, foi quando ele levou à frente e não mediu esforços para abolir o passe no futebol brasileiro. Ele fez questão de levar isso até o fim. Essa foi a nossa melhor tabelinha – lembrou Afonsinho.
Botafogo foi um dos poucos a mandarem representantes em despedida
Velório de Pelé no estádio da Vila Belmiro teve a presença de apenas quatro clubes brasileiros. Além do Santos, que foi o organizador da homenagem, Botafogo, Palmeiras e São Paulo enviaram representantes para dar um último adeus ao Rei do Futebol.
O Botafogo foi representado por André Souza, presidente do Conselho Fiscal do clube, e pelo ídolo Afonsinho. Pelo lado Palmeirense, Tarso Gouveia, vice-presidente do clube. Julio Casares, presidente do São Paulo, fecha os únicos representantes de clubes brasileiros na solenidade. Dos times lá de fora, o Real Madrid, da Espanha, enviou o ex-jogador e atual diretor do clube à Vila Belmiro, Emilio Butragueño.